Veredito desta terça: 1.184 condenados por crimes da ditadura em 317 sentenças na Argentina. 62 julgamentos em andamento. Avós da Praça de Maio, genocídio.
Na recente decisão judicial, a Justiça na Argentina determinou a prisão perpétua de 10 ex-agentes envolvidos na ditadura que assolou o país. A sentença reforça o compromisso de combater os abusos do passado e garantir a justiça para as vítimas desse período sombrio.
Os crimes de lesa-humanidade cometidos durante o regime autoritário foram expostos no processo, revelando a brutalidade e a crueldade que marcaram aquele período. É fundamental que a sociedade se mantenha vigilante para que nunca mais se repitam os horrores de uma ditadura ou de um regime autoritário, defendendo os valores democráticos e os direitos humanos.
A longa batalha contra a ditadura e o regime autoritário
O julgamento que teve início em 2020 revelou os horrores cometidos durante a ditadura, demonstrando crimes como sequestro, desaparecimento forçado de perseguidos políticos, homicídio, tortura, estupro, roubo de crianças e abortos forçados. A maioria dos condenados atualmente cumpre prisão domiciliar, enquanto aguardam a decisão do tribunal federal de La Plata sobre o envio para prisões.
Memória, verdade e justiça contra o regime autoritário
As condenações foram proferidas pouco depois do aniversário do golpe de Estado de 24 de março de 1976, que marcou o início de um regime autoritário que durou até 1983. Marchas em todo o país lembraram do período, com o lema ‘memória, verdade e justiça’, evidenciando a importância de manter viva a história para que os horrores da ditadura não se repitam.
Centros clandestinos de detenção na Argentina
Durante o julgamento foram revelados detalhes chocantes sobre centros clandestinos como o Poço de Banfield, Poço de Quilmes e Brigada de Lanús, este último conhecido como ‘inferno’ devido aos crimes cometidos contra perseguidos políticos. Sob a supervisão de Miguel Etchecolatz, ex-diretor da polícia da província de Buenos Aires, esses locais foram palco de atrocidades que marcaram a história do país.
Avós da Praça de Maio e a busca pela verdade
A associação Avós de Praça de Maio desempenhou um papel fundamental no processo, trabalhando para identificar e restituir a identidade de netos sequestrados durante a ditadura. Até o momento, 133 netos foram encontrados, representando uma pequena parte dos 400 bebês estimados como vítimas de sequestro. O trabalho incansável das Avós continua, em busca da verdade e justiça para as famílias afetadas pelo genocídio.
Justiça sendo feita pelos crimes da ditadura
O veredito desta terça-feira resultou na condenação de 1.184 pessoas por crimes durante a ditadura em 317 sentenças em toda a Argentina. Novos julgamentos estão em andamento para garantir que os responsáveis pelos horrores cometidos sejam responsabilizados.
Condenados pela Justiça por crimes contra a humanidade
Entre os condenados à prisão perpétua estão nomes como Federico Antonio Minicucci, Guillermo Matheu, Carlos Romero Pavón, Roberto Balmaceda, entre outros. O tribunal também decidiu sobre penas de outros acusados, em um esforço contínuo para garantir que a justiça seja feita e que as vítimas sejam lembradas e honradas. A luta contra a ditadura e o regime autoritário continua, em busca de justiça e reparação para aqueles que sofreram as atrocidades do passado.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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