CEO corre para cumprir metas de sustentabilidade, com aquisição de resina e promessa de usar materiais sustentáveis na produção de blocos de brincar.
O uso de plástico renovável tem ganhado cada vez mais destaque na indústria devido aos benefícios ambientais que proporciona. Esse tipo de plástico é produzido a partir de fontes renováveis, como biomassa e cana-de-açúcar, tornando-se uma opção mais sustentável em comparação ao plástico tradicional derivado do petróleo. Além disso, o plástico renovável tem a vantagem de ser reciclável, contribuindo para a redução da quantidade de resíduos plásticos no meio ambiente.
A busca por materiais sustentáveis tem se intensificado nos últimos anos, impulsionando o desenvolvimento de alternativas como o plástico reciclável. A produção e utilização de plástico reciclável contribuem para a economia circular, promovendo a redução da extração de recursos naturais e a diminuição dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de materiais plásticos. É fundamental investir em tecnologias que viabilizem a utilização de materiais sustentáveis em diferentes setores da indústria, visando a preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
LEGO busca alternativas para plástico renovável
Confrontado com a escassez de plástico renovável para os seus blocos de brincar coloridos, o responsável pela Lego está a envolver-se com os produtores da matéria-prima numa corrida para cumprir as metas de sustentabilidade. A Lego iniciou negociações diretas com os fabricantes para convencê-los a investir em mais capacidade de produção e está comprando resina renovável a preços que chegam a 70%, segundo o CEO Niels B. Christiansen. O que está em jogo para a Lego é encontrar uma forma de cumprir a sua promessa de utilizar materiais sustentáveis nos seus blocos de construção de plástico até 2032 e tornar-se neutra em carbono em 2050.
Desafios no uso de plástico reciclável
No entanto, a empresa teve dificuldades no ano passado com um protótipo de material promissor feito de garrafa de plástico reciclável, que acabou por não reduzir as emissões globais de CO2. O CEO reconheceu que encontrar um novo material sustentável que resolva todos os problemas é mais difícil do que se esperava. Assim, a Lego virou-se para o mercado de plástico bruto com componentes certificados renováveis e reciclados.
Aquisição de resina e princípio do balanço de massa
Em 2023, a Lego adquiriu cerca de 125 mil toneladas de resina, o plástico não processado usado para fabricar seus tijolos e minifiguras. Cerca de 18% desse total foi obtido ao abrigo do princípio do balanço de massa, uma maneira auditável de monitorar a quantidade líquida de materiais sustentáveis ao longo da cadeia de abastecimento. Essa proporção deve aumentar ainda mais em 2024, de acordo com Christiansen.
Mercado em crescimento para materiais sustentáveis
De acordo com a BloombergNEF, o mercado de bioplásticos, que inclui produtos com o princípio do equilíbrio de massa, como os adquiridos pela Lego, poderá duplicar até 2025. A Ásia, especialmente a China, tornou-se o principal local de produção, mas empresas europeias como a BASF também estão interessadas. A Lego pretende tornar-se um comprador ativo desses materiais certificados para acelerar a indústria no sentido da sustentabilidade.
Investimentos para um futuro sustentável
A empresa dedicou US$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos para melhorar sua sustentabilidade. Apesar do custo mais elevado do plástico renovável, que pode aumentar em até 70%, a Lego promete não repassar esses custos aos clientes. Christiansen ressaltou que, mesmo com o crescimento da oferta de plástico renovável, os preços permanecerão altos devido à crescente demanda por materiais sustentáveis. É um desafio significativo transformar toda a cadeia de abastecimento para atender a essas novas metas, mas a Lego está determinada a liderar o caminho.
Fonte: @ Info Money
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