Lua e Marte compartilham a mesma ascensão reta na quarta-feira, em uma conjunção astronômica no Sistema Solar, visível no campo de visão do plano da eclíptica, na constelação de Câncer.
A Lua está prestes a fazer sua penúltima parada no Sistema Solar, após passar por Vênus, Saturno e Júpiter. Nesta quarta-feira (18), às 5h48 (pelo horário de Brasília), a Lua fará uma conjunção astronômica com Marte, um fenômeno que promete ser um espetáculo celestial. A Lua estará em sua melhor posição para ser observada.
Embora o fenômeno em si não possa ser observado de São Paulo, o par estará visível das 22h04 do dia anterior às 4h53. Isso significa que os observadores terão uma chance de ver a Lua e Marte juntos no céu, antes da conjunção. A Lua é o satélite natural da Terra, e sua proximidade com Marte, um planeta vizinho, fará com que os dois sejam visíveis juntos no céu noturno. A configuração do céu no momento da conjunção será um espetáculo único, com a Lua e Marte se aproximando cada vez mais.
A Lua e Marte: Uma Visão Celestial
Durante o período em que estiverem acessíveis, a Lua e Marte já poderão ser vistos muito próximos, embora não caberão no campo de visão de um telescópio. No entanto, será possível observá-los a olho nu ou através de binóculos. A Lua estará em magnitude de -12.6, enquanto Marte terá uma magnitude de -0.9, ambos localizados na constelação de Câncer. É importante notar que a magnitude de um objeto é inversamente relacionada à sua brilhantez, ou seja, quanto mais brilhante um objeto parece, menor é sua magnitude. O Sol, por exemplo, é o corpo mais brilhante do céu e tem uma magnitude aparente de -27.
A Lua fará sua última ‘visita’ a um planeta neste mês (e neste ano) em 29 de [mês], quando se aproximará de Mercúrio. Essa série de conjunções que o satélite faz mensalmente ocorre porque ele orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica. Essa proximidade permite que a Lua se aproxime dos planetas em uma turnê mensal pelo Sistema Solar.
A Cor Avermelhada de Marte
A cor avermelhada de Marte sempre chamou atenção, evocando associações com deuses e operações bélicas. Na mitologia grega, Ares, o deus da guerra, era frequentemente ligado a essa cor. Curiosamente, a estrela mais brilhante da constelação de Escorpião, Antares, ganhou esse nome por sua tonalidade avermelhada, que remete a Ares, significando ‘Anti-Ares’. Com o domínio romano na Europa, Ares foi renomeado como Marte, nome que também foi dado ao planeta e permanece em uso até hoje.
A tonalidade vermelha marciana é resultado de uma combinação de fatores complexos, incluindo a composição da superfície do planeta, sua atmosfera e fenômenos geológicos. A NASA vê a Lua como um trampolim para Marte, e entenda o porquê. Além disso, a Lua e Marte estão se aproximando, e é uma oportunidade única para observar esses dois corpos celestes juntos no céu noturno.
Fonte: @Olhar Digital
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