Para o presidente do BC, juros altos não combinam com baixa inflação.
O presidente Jair Bolsonaro expressou sua opinião nesta quarta-feira (19) sobre a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em relação às diretrizes econômicas do país. Segundo Bolsonaro, é fundamental que o Banco Central mantenha a estabilidade financeira e promova o crescimento sustentável da economia.
Em resposta às críticas, o presidente do BC reafirmou seu compromisso com a independência da instituição e ressaltou a importância de suas decisões para o cenário econômico nacional. Campos Neto destacou que as medidas adotadas pelo Banco Central visam garantir a solidez do sistema financeiro e promover um ambiente propício para investimentos no Brasil.
Críticas ao Banco Central e suas relações políticas
Em uma entrevista recente à Rádio CBN, o presidente expressou sua preocupação com a relação entre o presidente do Banco Central e a oposição política. Ele levantou questionamentos sobre a autonomia do BC, sugerindo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, possa exercer uma influência desproporcional. Segundo ele, a postura do Banco Central é o ponto fora da curva no cenário atual do Brasil.
O presidente destacou a falta de autonomia do presidente do BC e sua inclinação política, alegando que suas ações parecem mais prejudicar do que ajudar o país. Ele comparou a atuação do atual presidente com a do economista Henrique Meirelles, que ocupou o cargo de presidente do BC entre 2003 e 2011. O presidente questionou se o atual presidente do BC, Roberto Campos, possui a mesma autonomia que Meirelles.
Relações políticas e influências no Banco Central
Durante um evento na capital paulista, o presidente mencionou a proximidade entre o presidente do BC e o governador de São Paulo. Ele expressou sua desconfiança em relação a essa relação, sugerindo que o governador tenha mais influência do que ele próprio. O presidente destacou um encontro entre o presidente do BC e o governador em uma festa promovida por Tarcísio de Freitas, insinuando uma possível ligação entre eles.
Segundo o presidente, a taxa de juro atual não encontra justificativa plausível, e até mesmo autoridades estrangeiras têm questionado essa decisão. Ele ressaltou que durante suas viagens internacionais, diversos líderes financeiros demonstraram otimismo em relação ao Brasil, destacando o alto volume de investimentos estrangeiros no país.
Desafios econômicos e necessidade de reformas
O presidente enfatizou a incompatibilidade entre os juros elevados e a baixa inflação, argumentando que o Banco Central deveria ser autônomo e livre de interferências políticas. Ele criticou as contradições presentes no cenário econômico atual, apontando para a falta de equidade em medidas como taxações e desonerações.
Durante a entrevista, o presidente mencionou a aprovação de uma proposta de taxação de pequenas importações, ressaltando a disparidade na tributação entre diferentes grupos sociais. Ele destacou a importância de ajustar a taxa de juros para estimular o investimento produtivo e promover o crescimento econômico de forma sustentável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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