Acordo bilionário do UFC com lutadores foi rejeitado por juiz devido ao valor baixo. O processo antitruste considera lesões graves e traumatismo cranioencefálico.
Um novo capítulo no processo antitruste do UFC foi revelado recentemente, com 51 lutadores expressando seu apoio ao acordo proposto que visa encerrar o caso, que já dura mais de uma década. O UFC é uma organização que sempre busca a excelência e, nesse sentido, o acordo de US$375 milhões (cerca de R$2,1 bilhões) pode ser visto como um passo importante para resolver o processo.
O caso, que foi aberto em 2014 por lutadores que já competiram na organização, incluindo o lendário Cung Le, pode estar chegando ao fim. A Ultimate Fighting Championship (UFC) é uma das principais organizações de artes marciais mistas do mundo e, com esse acordo, pode finalmente fechar essa etapa e seguir em frente. O apoio dos lutadores é fundamental para que o acordo seja aprovado e o processo seja encerrado de forma satisfatória para todas as partes envolvidas. A esperança é que o UFC possa seguir em frente e continuar a promover eventos de alta qualidade.
UFC: Acordo Rejeitado e Novo Processo em Andamento
Um acordo inicial de US$335 milhões (aproximadamente R$1,9 bilhão) para o processo envolvendo lutadores que atuaram no evento entre 2010 e 2017 foi rejeitado pelo juiz Richard Boulware em julho. O caso foi remarcado para o dia 3 de fevereiro de 2025. Em um processo separado, 56 lutadores escreveram cartas solicitando ao juiz que aprovasse o acordo, garantindo um alívio financeiro e evitando que o caso ficasse preso a apelações durante anos.
Um novo processo conta com mais 51 lutadores, incluindo ex-campeões do UFC, pedindo ao juiz para aprovar o acordo. Em suas cartas, eles detalham lesões graves sofridas enquanto lutavam, incluindo danos cerebrais e um pescoço quebrado. Nomes como Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Miguel Torres e Bethe Correia, todos ex-lutadores do evento, estão entre estes novos lutadores que reforçaram a solicitação.
Lesões Graves e Traumatismo Cranioencefálico
O ex-campeão peso-pesado do Ultimate, Werdum, revelou em sua carta os danos que sofreu em sua carreira de lutador. ‘Enquanto lutava pelo UFC, sofri muitas concussões. Temo que durante minha carreira eu tenha sofrido traumatismo cranioencefálico (TCE) e esteja percebendo sintomas comuns com TCE e CTE (encefalopatia traumática crônica), incluindo irritabilidade, raiva, ansiedade, insônia e perda de memória. Tenho muitas lesões e cicatrizes no meu cérebro, e tenho um cisto que está localizado centralmente no meu cérebro, tornando a cirurgia até agora impossível.’
O Caso Antitruste Contra o UFC
O processo inicial antitruste foi protocolado em dezembro de 2014, com um grupo de lutadores liderado por Cung Le, peso-médio que lutou no Strikeforce e no UFC. Eles alegavam que o UFC promoveu um ‘esquema para adquirir e manter poder de monopsônio no mercado pelos serviços de lutadores profissionais de MMA de elite’. Os lutadores reclamavam que o Ultimate chegou a este objetivo usando de contratos exclusivos, coerção e da compra de seus principais competidores no mercado, como Pride, Strikeforce e WEC, eliminando a concorrência.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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