Luciana Lourenção planejou com o treinador que ele a esperaria com as crianças antes da competição, para viverem um momento emocionante.
🏃♀️Variação 1: Imagine-se participando de uma maratona, com grandes possibilidades de conquistar a vitória. Ao se aproximar da linha de chegada, a poucos metros de completar sua (suada) jornada… você avista suas filhas e seu marido. As meninas, de 3 e 6 anos, entram na pista (com incentivo do pai) e correm em sua direção para abraçá-la. Como reagir?
No calor do momento, envolvida pela emoção de ver sua família, você decide diminuir o ritmo e acompanhar suas filhas até a linha de chegada. Juntos, atravessam a marca final da maratona, celebrando não apenas a corrida, mas também o amor e apoio daqueles que mais importam. Afinal, a verdadeira vitória está na união e nos momentos compartilhados com quem amamos.
Maratona de Emoções: Decisões Difíceis e Consequências Inesperadas
Desviar das crianças, adiar o abraço por uns minutinhos e garantir o ouro na maratona? Ou desistir da vitória e se entregar imediatamente ao carinho da família? A personal trainer Luciana Grandi Lourenção, de 37 anos, escolheu a primeira opção — e virou assunto até na imprensa estrangeira. 🙅♂️
Corrida de Decisões: Estratégias e Consequências na Meia-Maratona
Hipótese 2: Agora, vamos mudar o personagem. Você é o marido da corredora e levou suas duas filhas para ver a mãe competir. O que seria mais correto? Esperar a esposa antes do fim do percurso e ‘soltar’ as meninas na pista, para que pulem na mãe e cruzem a linha de chegada com ela (com o risco de atrapalhar a competidora e deixá-la fora do pódio)? Ou aguardar mais para frente, depois do encerramento da corrida, para não colocar a medalha em risco, mas perder o momento emocionante de ver as três correndo juntas? O empresário Pedro Lourenção, de 43 anos, seguiu a estratégia número 1 — e foi ‘cancelado’ nas redes sociais por supostamente tentar boicotar a vitória de sua mulher. ➡️
Meia-Maratona: Competição Além da Corrida
Esta meia-maratona, que aconteceu em 5 de maio, em Presidente Prudente (SP), não foi extenuante apenas pelos 21 km de percurso: virou uma competição ainda mais longa nas redes sociais, com ‘comentaristas’ polarizados e bem velozes no julgamento. Parte deles atacou Luciana (‘Custava pelo menos dar um tapinha na mãozinha das crianças?’), enquanto o restante condenou Pedro (‘Que marido sem noção, hein, querida 😂, eu já teria pedido divórcio depois de ele achar que você só serve pra ser mãe’). Para entender o que de fato aconteceu naquele dia, o g1 chamou o VAR e conversou com o casal. Veja o tira-teima abaixo.
‘A gente tinha combinado antes’, diz Luciana. Luciana conta que, apesar de ter uma longa carreira nas corridas de rua, não havia se preparado especificamente para essa competição. Um dia antes da meia-maratona, ela elaborou um plano com o marido. ‘Decidimos levar as meninas para a prova, para que eu pudesse cruzar a linha de chegada com elas. Eu não estava disputando dinheiro, era uma corrida da minha cidade, e seria muito gostoso e legal criar esse momento com as crianças’, conta Luciana. No decorrer do desafio, mesmo sendo um percurso dificílimo, Luciana estava na liderança — mas com a segunda colocada ali ‘na cola’, cerca de 30 segundos atrás. ‘Eu precisava chegar e pronto. Vi as meninas rapidamente, mas não consegui parar: primeiro, porque era uma descida, e eu estava muito concentrada e focada; segundo, porque a minha concorrente estava bem perto de mim’, diz. ‘As crianças entenderam e não ficaram aborrecidas. Expliquei para elas que é muito cansativo e difícil correr uma meia-maratona.’ Não havia como Pedro notar, à distância, que a diferença entre as duas atletas estava tão pequena, conta a vencedora. Ele concorda. ‘Eu sabia que ela estava chegando, mas não vi a segunda colocada. O organizador [que narrou a competição] também não avisou que eram duas pessoas com chance de ganhar’, diz o marido. ‘Não fiz nada na maldade, nada para atrapalhar’, afirma Pedro. O casal diz que ficou chocado.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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