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O Ministério da Saúde organizou, nos dias 15 e 16 de maio, o Encontro Nacional sobre Arboviroses. Mais de 100 especialistas e estudiosos debateram os desafios nacionais e internacionais, trocaram ideias e traçaram planos para o enfrentamento da dengue, chikungunya, Zika e Febre do Oropouche, que em 2024 começou a ser monitorada e identificada nos laboratórios de excelência do Brasil.
No segundo dia do evento, os participantes reforçaram a importância de combater e prevenir a propagação das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A luta contra a dengue requer a união de esforços de todos os setores da sociedade, visando a redução dos casos e o controle efetivo da transmissão dos vírus. Juntos, podemos vencer essa batalha pela saúde pública.
Oficina Internacional para o Enfrentamento da Dengue
Uma questão crucial discutida e destacada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi a necessidade de combater a dengue por meio da incorporação de novas tecnologias, como a vacina contra a doença e o desenvolvimento de vacinas para outras arboviroses. A ministra ressaltou a importância da vacina como uma ferramenta fundamental no enfrentamento das arboviroses, sendo considerada a mais eficaz dentre as tecnologias disponíveis.
Durante a reunião, foram delineadas estratégias para a construção de um abrangente plano de combate às arboviroses, baseado em vigilância em saúde, manejo clínico, organização dos serviços de saúde, controle vetorial e preenchimento das lacunas de conhecimento para o financiamento de pesquisas. Além disso, foram discutidas ações de comunicação e mobilização social, com propostas a serem implementadas em curto, médio e longo prazo.
A elaboração das diretrizes foi um esforço conjunto, com a participação ativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), dos Conselhos Municipais de Saúde (Conasems), da Câmara dos Deputados e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Cenários Nacional e Internacional no Enfrentamento da Dengue
A sazonalidade da dengue é um fator relevante a ser considerado, com um padrão sazonal que aumenta o número de casos e o risco de epidemias, principalmente entre outubro e maio. No entanto, é fundamental manter os esforços de combate à doença ao longo de todo o ano, com ênfase nos meses que precedem o período chuvoso.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde indicam uma melhora no cenário de enfrentamento da dengue no Brasil. Atualmente, 24 estados e o Distrito Federal apresentam uma redução na incidência da doença, enquanto dois estados mantêm uma situação de estabilidade. Em 2024, o país registrou 4,7 milhões de casos prováveis da doença e 2,5 mil óbitos.
Febre Oropouche e as Mudanças Climáticas no Enfrentamento das Arboviroses
As mudanças climáticas têm contribuído para o aumento de casos de arboviroses em todo o mundo. Em 2024, houve um aumento nos registros de casos no Brasil, devido à descentralização do diagnóstico biomolecular realizada pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).
A estratégia laboratorial sentinela para o diagnóstico da Febre Oropouche a partir de amostras negativas para dengue, chikungunya e Zika (DCZ) tem sido adotada pelos Lacen, com o objetivo de identificar a circulação de outros patógenos que podem estar associados aos casos notificados que não apresentam evidências de infecção pelos arbovírus transmitidos pelo Aedes aegypti.
Até o dia 13 de maio, foram confirmados 5.102 casos de Febre Oropouche no país em 2024, distribuídos em 13 estados, sendo a região Norte responsável por 92,3% dos casos. Nenhuma morte foi registrada até o momento, em contraste com os 835 casos reportados em 2023. Vanessa Rodrigues, Ministério da Saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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