Várzea do Rio Amazonas em Santarém está contaminada com animais em decomposição, alertando para mudanças climáticas e falta de água doce, afetando ribeirinhos, que têm a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Centenas de peixes morrem de forma inexplicável em uma comunidade do Pará, deixando os moradores perplexos. O local afetado é o Igarapé do Costa, na várzea do Rio Amazonas em Santarém, no Pará, onde o pescador Ednei José Rego da Gama, de 49 anos, e sua família residem há cerca de 20 anos.
A morte dos peixes é um mistério que ainda não foi desvendado, e a comunidade está preocupada com o impacto que isso pode ter no ecossistema local. Além dos peixes, outros animais aquáticos, como tracajás e arraias, também podem ser afetados por essa situação. É importante lembrar que a preservação da vida aquática é fundamental para o equilíbrio do meio ambiente, e a perda de peixes pode ter consequências graves para a cadeia alimentar, incluindo a perda de alimentos para outros animais, como jacarés. A preservação da vida aquática é um desafio constante. É preciso agir rapidamente para proteger o meio ambiente.
Peixes Morrem em Massa no Igarapé do Costa
Ednei Rego, presidente do Conselho da Região do Urucurituba, nunca havia visto uma mortandade de peixes tão intensa como a que ocorreu em novembro deste ano. Ele mora na comunidade do Igarapé do Costa há 20 anos e afirma que a situação é alarmante. ‘Eu moro nessa comunidade há 20 anos e nunca tinha acontecido essa situação. O que aconteceu agora espanta muito a gente, muito mesmo, porque a gente sobrevive da pesca. Era de onde nós tirávamos praticamente tudo, mas morreram todos os peixes’, diz em entrevista.
A comunidade do Igarapé do Costa é composta por 71 famílias que dependem da pesca para sobreviver. Ednei relata que os moradores estão passando por muita dificuldade, inclusive com falta de água potável. ‘Nós estamos passando por muita dificuldade, até água está faltando pra gente. A gente trabalha só com peixes, nós não temos outra renda’, explica.
Além de peixes, há também tracajás, arraias de água doce e jacarés mortos dentro e na beira do rio. A mortandade de animais aquáticos está contaminando o rio e afetando a vida dos ribeirinhos. ‘A gente fica muito triste por isso, mas a gente tá levando a vida, né?’, diz Ednei.
Investigação e Ajuda Governamental
De acordo com Ednei, o Governo do Estado do Pará enviou equipes para auxiliar os moradores da região, além de ter fornecido cestas básicas para as famílias que vivem da pesca. A Defesa Civil e a Prefeitura de Santarém também têm ajudado a comunidade.
A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), informou que visitas técnicas na região foram realizadas nos dias 12 e 13 de novembro para verificar o ocorrido. Segundo a Semma, os peixes já estavam em estágio avançado de decomposição.
Em 27 de novembro, equipes da secretaria municipal e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) coletaram amostras da água contaminada, para verificar as variáveis de pH, temperatura e oxigênio. A falta de oxigênio pode ter ocasionado as mortes dos peixes.
A comunidade do Igarapé do Costa está localizada na várzea do rio Amazonas, onde a pesca é a principal fonte de renda. A mortandade de peixes é um problema grave que afeta a vida dos ribeirinhos e a economia local. É importante que as autoridades continuem investigando a causa da mortandade e trabalhando para encontrar soluções para o problema.
Fonte: @ Terra
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