Dois PMs foram atacados em semáforo na avenida Conselheiro Rodrigues Alves, zona sul de São Paulo, próximo ao hospital Ipiranga, capturado por câmera de segurança.
PAULO EDUARDO DIASSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Câmeras de segurança capturaram o momento exato em que o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, 22, deu um tapa no retrovisor de um veículo da Polícia Militar. Esse ato aparentemente simples pode ter sido o estopim para a abordagem violenta que resultou na morte do jovem, na quarta-feira (20). A cena é chocante e levanta questionamentos sobre a conduta dos policiais envolvidos.
A morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta gerou grande comoção e indignação na comunidade. O óbito do jovem estudante de medicina é um lembrete triste da violência que pode ocorrer em nossas ruas. Além disso, o caso também levanta questões sobre a responsabilidade dos policiais e a necessidade de uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias do falecimento. A família e amigos do jovem exigem justiça e respostas sobre o que realmente aconteceu naquela noite. A verdade precisa ser revelada.
A Morte de um Estudante
Um incidente trágico ocorreu na avenida Conselheiro Rodrigues Alves, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, quando um veículo ocupado por dois policiais militares (PMs) estava parado em um semáforo. Um estudante, identificado como Acosta, deu um tapa no retrovisor do motorista, o que levou o PM do banco do passageiro a descer da viatura e perseguir o jovem a pé. O motorista conduziu o carro na mesma direção, e a perseguição terminou dentro de um hotel a poucos metros dali.
Foi no local que o estudante foi atingido por um tiro disparado pelo soldado Guilherme Augusto Macedo. Acosta foi socorrido para o hospital Ipiranga, onde sofreu um óbito. O advogado da família, Roberto Guastelli, classificou a ação como uma brincadeira que não justifica a ação da PM. ‘A brincadeira do rapaz não justifica a abordagem truculenta dos policiais, ainda mais que ele estava sem camisa, que demonstra que não estava armado. Uma covardia com um jovem que fez uma ‘traquinagem”, disse para a Folha o advogado.
Investigação e Reações
Segundo o defensor, as imagens mostram o contrário dos depoimentos – referindo-se à versão do boletim de ocorrência em que policiais dizem ter sido acionados para atender ocorrência envolvendo o estudante. Macedo foi indiciado pela PM por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. Não havia pedido de prisão contra ele até a tarde desta sexta-feira (22). A Polícia Civil também abriu inquérito para apurar a conduta do policial. Ambos os agentes utilizavam câmera corporal.
Na noite desta quinta (21), mais de 40 horas depois de o estudante sofrer um falecimento, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) usou as redes sociais para se pronunciar a respeito do caso. Em nota breve, ele lamentou o ocorrido e a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência. O corpo de Acosta foi velado nesta sexta em um cemitério no Morumbi, zona oeste da capital.
Reações da Família
‘Eu peço que seja feita a Justiça, que os responsáveis tenham a condenação que mereçam ter. Meu irmão era a nossa alegria. Era a alegria da minha casa. Sem ele nossa alegria foi embora. Nosso sorriso foi embora. A gente vai conviver a vida inteira com um buraco no coração’, disse o cirurgião Frank Cardenas, irmão do estudante. A morte de Acosta é um exemplo trágico de como uma brincadeira pode levar a um assassinato. A investigação está em andamento, e a família espera que a Justiça seja feita.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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