Treinamento do Inep reforçou a necessidade de contextualizar citações, considerando critérios de correção e referenciais teóricos, além de repertórios socioculturais e modelos pré-prontos.
No Enem 2024, os corretores da redação receberam orientações específicas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para avaliar os textos de forma mais rigorosa. No último sábado (23), eles foram instruídos a descontar nota de quem usou repertórios socioculturais ‘forçados’ e sem ligação com o contexto, como menções a autores ou a livros que nada tinham a ver com o tema. Além disso, também foi enfatizado que a criatividade e a originalidade são fundamentais para uma boa redação.
Essas orientações são importantes para garantir que os candidatos sejam avaliados de forma justa e que a prova do Enem reflita o verdadeiro conhecimento e habilidades dos estudantes. A capacidade de produzir um texto coerente e bem estruturado é essencial para o sucesso na prova. Além disso, os corretores também devem estar atentos para copiar ou memorizar modelos pré-prontos de texto, o que pode resultar em uma dissertação com ideias desconexas e sem valor. A prova do Exame Nacional do Ensino Médio é um desafio importante para os estudantes, e é fundamental que eles estejam preparados para enfrentá-lo de forma criativa e original.
Enem: Corretores são orientados a identificar ‘truques’ em redações
Membros da banca do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro relataram que, durante treinamentos presenciais, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediu que eles ficassem atentos a ‘truques’ usados pelos alunos em suas redações. Esses ‘truques’ incluem o uso de repertórios pré-prontos e genéricos, que não são mencionados explicitamente no documento oficial sobre os critérios de correção, mas que caminham no mesmo sentido de outras exigências do Inep.
Repertórios de bolso e penalização
Os corretores foram orientados a verificar se as citações apresentadas pelos alunos estão sendo usadas de maneira produtiva e não apenas como um ‘repertório de bolso’. Além disso, foi informado que haverá penalização para quem cometer essas práticas. ‘Quando o repertório é genérico, os alunos, numa forçação de barra, dão um jeito de justificar [o uso dele]. Isso não vai mais ser aceito’, afirmou um professor membro da banca.
Modelos pré-prontos e colas
Em outubro e novembro, o g1 noticiou que modelos pré-prontos de redação do Enem estavam sendo vendidos por R$ 50 na internet. Esses modelos incluíam referências a autores, filmes ou livros genéricas, que poderiam ser usadas em qualquer ocasião. Além disso, alunos postaram nas redes sociais que ‘colaram’ na redação deste ano, levando modelos assim para a prova para copiá-los na hora decisiva. O Inep afirmou que qualquer tipo de fraude leva à desclassificação do candidato ‘em qualquer etapa do exame’.
Mudança de regra aos ’45 minutos do segundo tempo’?
Em outubro, o Inep divulgou a Cartilha do Participante, que detalha a Matriz de Referência da redação do Enem. O documento lista aspectos que são avaliados pelos corretores e que contribuem para a construção da nota do candidato. Nesse material, fica claro que o aluno precisa demonstrar que sabe aplicar conceitos de diversas áreas de conhecimento ao desenvolver um tema e consegue selecionar, relacionar e organizar informações de forma coerente e lógica. Além disso, o aluno precisa demonstrar que tem repertórios socioculturais e teóricos adequados para abordar o tema proposto.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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