Sandra Hemme, 64 anos, cumpria pena perpétua por assassinato de uma funcionária de biblioteca em 1980, baseado em provas claras e confissões falsas.
Sandra Hemme, uma mulher que passou décadas na prisão de forma injusta, foi finalmente libertada na sexta-feira (19) no estado do Missouri, nos Estados Unidos.
Após 43 anos de prisão, Sandra finalmente pôde sentir o alívio de estar fora da cadeia e longe da reclusão que a aprisionou por tanto tempo. condenação
Revisão da Condenação por Assassinato e Libertação da Prisão
Isso ocorre após a sua condenação por assassinato ter sido anulada. Hemme, de 64 anos, estava cumprindo pena de prisão perpétua pela morte de Patricia Jeschke, funcionária de uma biblioteca, em 1980. Em 14 de junho deste ano, um juiz determinou que os advogados apresentaram provas claras e convincentes da inocência da acusada.
Segundo uma declaração dos representantes de Hemme publicada no site do ‘Innocence Project’, ‘nenhuma testemunha ligou a Sra. Hemme ao assassinato, à vítima ou à cena do crime. Ela não tinha motivo para machucar a Sra. Jeschke, nem havia nenhuma evidência de que as duas tivessem se conhecido’.
Os advogados destacaram que as ‘únicas evidências’ foram ‘suas próprias confissões falsas e não confiáveis’, pois foram feitas enquanto Hemme estava sendo tratada em um hospital psiquiátrico estadual e recebia medicamentos ‘à força’.
Ainda segundo a nota, o Departamento de Polícia de St. Joseph, cidade onde ocorreu o crime, teria ocultado evidências que incriminavam um de seus agentes. Na decisão, indicada no site do Innocence Project, o juiz Ryan Hosman ressaltou que ‘o advogado do julgamento teve um desempenho deficiente ao não apresentar evidências prontamente disponíveis que estabelecessem a condição psiquiátrica prejudicada da Sra. Hemme, medicação pesada e efeitos colaterais físicos e mentais que ela sofreu durante seus interrogatórios’.
‘Dado que as suas declarações eram a única prova que a ligava a este crime, a falha do advogado em apresentar provas que teriam permitido ao júri concluir que ela era incapaz de compreender ou incapaz de relatar de forma fiável comunicar com os seus interrogadores privou-a de um pilar central da sua defesa’, ressaltou Hosman.
Após a libertação, Hemme terá que seguir condições especiais.
Fonte: @ CNN Brasil
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