Nubank, com 22% do mercado de recargas, agora autorizada pela Anatel para ser MVNO (operadora virtual) no segmento brasileiro. Limitações competitivas baixas, oferecerá pré-pago e pós-pago, infraestrutura compartilhada com Claro. Significativo impacto no negócio MVNO através de preços atrativos e baixos custos. Receitas recorrentes de zero começam, operadora virtual de telefones móveis.
Recentemente, o Nubank obteve a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para se tornar uma operadora móvel virtual (MVNO) utilizando a infraestrutura da Claro Brasil. Essa novidade pode trazer mais competitividade ao setor de telecomunicações, com o Nubank entrando como um novo player no mercado brasileiro, desafiando as empresas já estabelecidas, como a Nubank.
Segundo análises da XP, a entrada do Nubank como MVNO pode impactar principalmente a Telefônica (VIVT3), que poderá enfrentar uma concorrência mais acirrada. Com a possibilidade de oferecer serviços de telefonia móvel, o Nubank está se preparando para competir diretamente com as grandes operadoras do país, como a Telefônica e a Tim. A chegada do Nubank nesse segmento promete agitar o mercado e oferecer mais opções aos consumidores, que poderão se beneficiar da maior competição entre as empresas de telecomunicações no Brasil.
Nubank Desafia o Mercado de MVNO no Brasil
A avaliação já ecoa entre os investidores e fazem as ações da companhia cair 2,14, a R$ 16,91, às 12h50, entre as maiores quedas no índice Ibovespa. Os analistas liderados por Bernardo Guttmann escrevem que o segmento de MVNO ainda não se mostrou rentável no Brasil, com vários riscos de execução em meio a limitações competitivas, de preços e de custos.
No entanto, o Nubank, já tendo 22% do mercado de recargas, pode desafiar a lógica convencional, não começando seu negócio de MVNO do zero, permitindo a oferta de pacotes a preços atrativos e de baixo custo. A corretora afirma que o banco poderia atingir 11 milhões de usuários pré-pagos e 7,5 milhões de usuários pós-pagos em três anos, capturando 7% do mercado e gerando um valor presente líquido de US$ 655 milhões.
Para a TIM Brasil e a Telefônica Brasil, o impacto poderia ser significativo, com potencial perda de participação de mercado e redução das receitas recorrentes devido à entrada de uma empresa com preços agressivos. Eles consideram que a TIM pode ser marginalmente mais afetada, devido à sua relevância no segmento pré-pago e à sua maior base de clientes no segmento controle. A Vivo pode estar mais protegida no segmento pós-pago, devido aos seus pacotes de serviços.
A XP tem recomendação de compra para TIM Brasil e Telefônica Brasil, com preços-alvos em R$ 24 e R$ 64, respectivamente, potenciais de alta de 38% e 37,8% sobre os fechamentos de sexta-feira (17). Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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