Nvidia considera Intel para parceria na produção eficiente de GPUs nos EUA, devido à demanda crescente por semicondutores de ponta e aumentos exponenciais em aplicações baseadas em IA.
De acordo com analistas da Global Equities Research, a Nvidia (NASDAQ:NVDA) está em busca de uma parceria estratégica para a produção de semicondutores de alta tecnologia voltados para a inteligência artificial. A escolha da Nvidia (NASDAQ:NVDA) será crucial para o futuro da empresa no mercado de chips.
Considerada uma das principais empresas de tecnologia do mundo, a Nvidia é reconhecida por sua excelência na fabricação de GPUs. A parceria com a Intel (NASDAQ:INTC) poderia alavancar ainda mais a posição da Nvidia no mercado de inteligência artificial, garantindo um crescimento sólido e inovação contínua.
O potencial da parceria entre Nvidia e Intel
Por que os analistas acreditam que a Intel pode ser a melhor opção para a Nvidia? Eles apontam que a Nvidia deverá aproveitar o avançado processo de fabricação ’18A’ da Intel para a produção eficiente de seus futuros processadores gráficos de IA.
O processo ’18A’ é reconhecido por sua capacidade de miniaturizar os semicondutores e otimizar o consumo energético, elementos cruciais para a competitividade no setor. A Intel, com essa tecnologia, espera capturar uma parcela significativa do mercado, atualmente dominado pela TSMC de Taiwan (TW:2330) e pela Samsung da Coreia do Sul (KS:005930), que também avançam na produção de chips de nova geração.
A escolha da Nvidia pela Intel como parceira na fabricação
Informações do United Daily News sugerem que a Nvidia já teria escolhido a Intel para fornecer serviços avançados de embalagem, visando suprir a demanda crescente por seus chips de IA. Contudo, ambas as empresas ainda não confirmaram oficialmente tais informações.
O impacto nas ações da Intel decorrentes desse acordo pode ser significativo. A Intel havia anunciado previamente um acordo para iniciar a produção de semicondutores para a Microsoft (NASDAQ:MSFT), destacado pelo CEO Pat Gelsinger como um movimento estratégico para revitalizar a manufatura de semicondutores no Ocidente.
O compromisso com a Microsoft, que envolve o uso do processo ’18A’, é um marco no plano da Intel de expandir suas operações de fundição, setor que viu um aumento exponencial na demanda com o surgimento de inúmeras aplicações baseadas em IA.
O papel da Intel e da Nvidia no cenário tecnológico atual
Gelsinger, à frente da Intel há três anos, tem como meta a produção de todos os chips de IA do mercado através de sua unidade de fundição, com o objetivo ambicioso de fabricar metade dos semicondutores de IA globalmente nos EUA ou Europa dentro de dez anos, um aumento significativo em relação ao quinto atualmente produzido.
Analistas da Northland Capital Markets descrevem a Intel como uma ‘picareta e pá’ no mercado de chips de IA, uma analogia às ferramentas essenciais durante a febre do ouro californiana, enfatizando que a Intel está a caminho de retomar a liderança em tecnologia de processo, consolidando-se como uma entidade crucial no setor de IA.
Por fim, o governo do presidente Biden reconhece a Intel como a líder americana na fabricação de chips, um setor que se tornou um ponto focal de tensões geopolíticas. Um pacote de incentivos para a Intel, incluindo mais de US$10 bilhões em subsídios e empréstimos, está em discussão como parte de uma estratégia mais ampla para repatriar a produção de semicondutores para os EUA, segundo fontes da Bloomberg News.
A Intel diante das incertezas do mercado
Apesar do entusiasmo em torno de suas operações de fundição, as ações da Intel caíram 6% até agora este ano, enquanto a empresa continua a enfrentar uma demanda incerta por seu negócio principal: a fabricação de chips para servidores tradicionais e computadores pessoais.
Em janeiro, a previsão de receita da Intel para o trimestre atual ficou abaixo das projeções do mercado em mais de US$2 bilhões. No entanto, Gelsinger declarou na época que a empresa ainda tem US$2 bilhões em pedidos para seus chips de IA e previu que as vendas melhorariam mais tarde em 2024.
‘Os negócios com novos produtos permaneceram fortes no início do ano e vão se fortalecer à medida que o ano avança’, declarou em uma teleconferência com analistas.
Fonte: © BR Investing
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