O jornal divulgou nota fiscal de Deise dos Anjos em relação à compra de arsênio. Investigação suspeita sob autoridades com indícios.
A polícia brasileira está a todo vapor em busca de respostas sobre o misterioso bolo que resultou na morte de três pessoas da mesma família no Rio Grande do Sul. Detalhes do inquérito, incluindo uma nota fiscal da compra de um ingrediente perigoso, foram divulgados pelo programa de televisão ‘Fantástico’ no último domingo (12).
A atenção da investigação recai sobre Deise dos Anjos, identificada pela polícia como a principal suspeita do bolo envenenado. O uso de arsênio no preparo do bolo levou ao envenenamento de três pessoas, e os investigadores estão trabalhando para entender o que motivou o crime. Além disso, áudios concedidos pelas autoridades reforçam a suspeita, e a polícia continua a buscar evidências para resolver o caso.
Investigação em Andamento: Bolo Envenenado em Torres (RS)
Uma semana atrás, a polícia prendeu Deise, acusada de envenenar sete pessoas em Torres (RS), com um bolo contendo arsênio. O alvo principal era a sogra, Zeli dos Anjos. No entanto, ela vomitou após comer o doce e foi internada na UTI, com alta na sexta-feira (10). A família se reuniu para comer o tradicional ‘Bolo de Reis’ em 23 de dezembro, no apartamento de Maida, uma das vítimas fatais e irmã de Zeli. O doce foi feito pela própria sogra e enviado para a perícia após os primeiros indícios recaírem sobre ela.
Durante a investigação, provas contra Deise se avolumaram. Ao apreenderem o celular dela, os investigadores encontraram pesquisas na internet, como ‘veneno para o coração’, ‘arsênio veneno’, ‘veneno que mata humano’. Em depoimento, Deise alegou que fez as buscas no dia em que o sogro dela faleceu, em 3 de setembro, e quando o exame laboratorial comprovou a morte das vítimas por envenenamento, em 25 de dezembro. As investigações, porém, mostraram que as pesquisas também foram feitas em outras datas e com outra motivação.
‘A sogra era o alvo dela. Ela atraía a sogra para tentar matá-la envenenada’, afirmou o delegado Marcos Veloso. ‘Ela estava com o propósito daquele envenenamento, porque ela passa dias fazendo a pesquisa sobre onde comprar, a quantidade, fórmulas que não tivessem cheiro ou gosto, mas que causassem a morte de um humano’, completou a delegada-regional Sabrina Deffente.
Maida, Neuza e Tatiana morreram após comerem o bolo, que continha arsênio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Nota da compra
Conforme as autoridades, a suspeita ainda fez uso da web para comprar o arsênio. O ‘Fantástico’ divulgou a nota fiscal que consta o nome da mulher no campo do destinatário e mostra a data do pedido. Ele foi feito dias antes da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro. O corpo dele chegou a ser exumado na semana passada, e a perícia apontou que o senhor também havia ingerido arsênio. No crime cometido em dezembro, o veneno foi misturado à farinha usada para fazer o bolo.
Mais de 80 amostras foram analisadas de alimentos e outros produtos apreendidos em endereços da família. Agora, a polícia tenta descobrir como o ingrediente adulterado acabou indo parar da despensa de Zeli. Polícia afirma que Deise comprou arsênio pela internet (Foto: Reprodução/TV Globo)
Áudio sobre a sogra
Em um áudio obtido pela polícia, Deise ainda falava mal de Zeli e dizia que ela ‘é uma peste’. Uma amiga da família, que preferiu não se identificar, foi à polícia para contar que, três dias antes do episódio, Tatiana, sobrinha de Zeli, havia alertado sobre problemas que existiam entre a suspeita e os sogros.
‘A investigação está em andamento, e as autoridades estão trabalhando para descobrir mais detalhes sobre o caso. O envenenamento do bolo foi um crime grave e trágico, e as vítimas e suas famílias merecem justiça.’
Fonte: @ Hugo Gloss
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