Luigi Mangione ganha posts empolgados, como os irmãos Menendez e Jeffrey Dhamer, em um padrão de beleza que banaliza o mal e feticheia assassinos, criando um fã-clube de criminosos.
Um usuário do TikTok reagiu às fotos do fichamento policial de Luigi Mangione com um comentário que reflete a visão distorcida de muitos sobre o criminoso: “Os carcereiros estão com sorte”. Essa reação não é isolada, pois inúmeras postagens em redes sociais seguem esse tom de romantização e erotização do homem preso sob a acusação de cometer um crime hediondo.
É chocante ver como o criminoso Luigi Mangione, acusado de matar a tiros o executivo de seguradora de saúde Brian Thompson, é visto como um objeto de desejo por muitos. Além disso, é importante lembrar que o homem preso é um assassino, um homicida que tirou a vida de uma pessoa inocente. A justiça deve ser feita e o criminoso deve ser punido por seus atos. A vida humana não tem preço e não pode ser reduzida a uma simples postagem em redes sociais. O malvado que cometeu esse crime deve ser responsabilizado por suas ações.
O Criminoso como Celebridade
O caso de Luigi Mangione, um jovem norte-americano de ascendência italiana, tem gerado grande interesse na internet. Com sua aparência jovem, bonita e sensual, ele se enquadra no que se chama de ‘padrão‘ de beleza em muitos ambientes, incluindo apps de paquera e sexo. No entanto, sua suposta motivação para cometer o crime – vingar os avós que teriam sido prejudicados por negativas de um plano de saúde – é usada para dar a ele uma capa de herói do povo contra a elite, amenizando o julgamento moral da gravidade de seu ato.
O criminoso Luigi Mangione é tratado por parte da internet como uma nova celebridade do crime e já tem fã-clube. Sua foto de indiciamento tem sido compartilhada e comentada por muitos, que o veem como um assassino atraente e sensual. Alguns até sugerem que ele seja o próximo tema de uma série de TV, como aconteceu com o serial killer Jeffrey Dhamer, que foi retratado na série ‘Dhamer: Monster’ (ou ‘Canibal Americano’) com o ator Evan Peters.
A Fetichização do Assassino
A série sobre Dhamer gerou uma fetichização do assassino, com muitos se concentrando em sua aparência e sensualidade, em vez de sua conduta criminosa. O mesmo aconteceu com os irmãos Lyle e Erick Menendez, que foram retratados na série ‘Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ com os atores Nicholas Alexander Chaves e Cooper Koch. Quando o acusado é bonito e sensual, muita gente releva a gravidade do crime e erotiza a figura do preso.
No caso de Luigi Mangione, os ‘fãs’ seduzidos pela sua aparência querem uma série sobre o rapaz, ignorando a vítima do homicídio e se concentrando em ver mais fotos dele mostrando seus bíceps e abdômen trincado. Isso é um exemplo de como a internet pode criar um fã-clube de criminosos, banalizando o mal e transformando o assassino em um objeto de desejo.
A Banalização do Mal
A banalização do mal é um fenômeno que ocorre quando a sociedade começa a ver o crime como algo normal ou aceitável. Isso pode acontecer quando a mídia e a internet se concentram em aspectos sensuais ou atraentes de um criminoso, em vez de sua conduta criminosa. No caso de Luigi Mangione, a internet está criando um novo capítulo da banalização do mal, transformando o assassino em um objeto de desejo e ignorando a vítima do homicídio.
É importante lembrar que o crime é um ato grave e que os criminosos devem ser julgados com base em suas ações, não em sua aparência. A internet e a mídia devem ser responsáveis em como apresentam os criminosos, evitando a fetichização e a banalização do mal.
Fonte: @ Terra
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