54% dos franqueados brasileiros são mulheres, que são maioria em redes como Kopenhagen e Sorridents, onde a tecnologia é aliada na transformação social e igualitária.
No Brasil, a presença de mulheres no mercado de franquias tem sido cada vez mais notável. Em algumas redes tradicionais, como Kopenhagen, Sorridents e Calçados Bibi, elas já são maioria, chegando a 85%. Essa tendência é um reflexo da crescente participação feminina no mercado de trabalho. Na rede O Boticário, a segunda maior do país, elas são 63%.
Uma pesquisa divulgada pela consultoria CommUnit, em 2023, já mostrava que 54% dos franqueados brasileiros são mulheres. Isso é um indicativo claro de que as mulheres estão cada vez mais empreendedoras e dispostas a investir em negócios próprios. Além disso, a presença feminina nas franquias também é um reflexo da mudança nos padrões de comportamento e expectativas das mulheres no mercado de trabalho. As mulheres franqueadas estão cada vez mais presentes e influentes no mercado, e isso é um sinal positivo para o futuro do empreendedorismo feminino.
O Crescimento das Mulheres no Franchising
De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), 51% dos potenciais franqueados mapeados no ano passado eram mulheres. Esse número é um reflexo do crescimento das mulheres no mercado de franquias, que está se tornando cada vez mais atraente para elas. A tecnologia é uma grande aliada nesse processo, pois proporciona recursos e informações que permitem às mulheres se aproximar de redes de apoio e programas de mentorias destinados ao público feminino.
A presidente do Conselho da Associação Brasileira de Franchising, Cristina Franco, acredita que a tecnologia é um fator importante para o crescimento das mulheres no franchising. ‘A tecnologia vem democratizando o acesso a recursos e informações, permitindo que as mulheres se aproximem de redes de apoio e programas de mentorias’, afirma Franco. Além disso, a especialista acredita que há uma alteração nas dinâmicas familiares, com os pais participando mais das tarefas domésticas e na criação de seus filhos. Isso permite que as mães possam buscar mais oportunidades e possibilidades para se aprimorar, empreender e trabalhar.
As Mulheres e o Franchising
Lênia Luz, CEO da Illuminas Assessoria e Treinamentos, concorda com Franco e acredita que o aumento na participação do franchising reflete bem a transformação social e cultural que está ocorrendo. ‘As mulheres buscam negócios que tenham flexibilidade para conciliar carreira e família’, afirma Luz. O modelo de franquias, com suporte e estrutura, é atraente tanto para mulheres que querem empreender como para mulheres que querem ter uma segunda renda sustentável.
Segundo o estudo da ABF, hoje, as mulheres que desejam empreender buscam segurança, estabilidade e realização do sonho do negócio próprio. No entanto, 87,8% não têm experiência no franchising e enfrentam muitos desafios, incluindo a invalidação de suas competências, a ausência de políticas igualitárias dentro de empresas e a sobrecarga e o acúmulo de funções na vida profissional e pessoal.
Os Desafios das Mulheres no Franchising
Para Lyana Bittencourt, CEO do Grupo de Consultorias de Franquias Bittencourt, um dos desafios mais significativos que muitas mulheres enfrentam é a invalidação do seu poder de gestão, especialmente em ambientes onde a liderança ainda é predominantemente masculina. ‘Esse cenário não apenas dificulta a tomada de decisões, mas também pode impactar o desempenho da empresa, quando ela subestima habilidades de gestão valiosas’, afirma Bittencourt.
Além disso, as mulheres ainda enfrentam a dificuldade de acesso ao crédito, o que pode limitar suas oportunidades de empreender. ‘Isso faz com que, muitas vezes, ela tenha que trabalhar ainda mais para provar sua competência e se mostrar merecedora do mesmo respeito e acesso às mesmas oportunidades que um homem’, destaca Franco.
Fonte: @ PEGN
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