Policial e três militares do Exército são presos por planejar Golpe de Estado e execução de candidatos eleitos em 2022, ameaçando o Poder Judiciário e o Gabinete Institucional da Secretaria-Geral das Forças Especiais.
A Polícia Federal realizou uma ação contundente na terça-feira, 19, ao deflagrar a Operação Contragolpe, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito em 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário. A Operação foi um sucesso, com a prisão de cinco pessoas, autorizadas pelo STF.
A missão da Polícia Federal foi cumprida com eficiência, graças à investigação minuciosa e ao trabalho de inteligência. O inquérito revelou que a organização criminosa estava planejando uma ação coordenada para desestabilizar o governo e o sistema judiciário. A Operação Contragolpe foi um golpe certeiro contra a organização criminosa, demonstrando a determinação da Polícia Federal em proteger a democracia e a justiça. A justiça está sendo feita.
Operação contra Golpe de Estado
A Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa que planejou um Golpe de Estado, com a prisão de quatro suspeitos, incluindo militares do Exército ligados às Forças Especiais, conhecidos como ‘kids pretos’, e um policial Federal. A investigação revelou que os suspeitos tinham um elevado nível de conhecimento técnico-militar e utilizaram essa habilidade para planejar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.
A Operação identificou um plano detalhado denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, com o objetivo de assassinar o presidente eleito Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Além disso, o grupo planejava prender e executar um ministro do Supremo Tribunal Federal, que estava sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado. Segundo a Polícia Federal, o ministro seria Alexandre de Moraes.
Ação contra a organização criminosa
As prisões foram autorizadas por Alexandre de Moraes e já tinham sido cumpridas às 6h50 desta terça-feira. Os militares foram presos no Rio de Janeiro, onde participavam da Missão de segurança da reunião de líderes do G20. Além dos cinco mandados de prisão preventiva, a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados e a proibição de se ausentar do país.
A Operação também contou com a participação do Exército Brasileiro, que acompanhou o cumprimento dos mandados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
Inquérito e investigação
O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Além disso, o grupo planejava instituir um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’ para gerenciar conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
Um dos presos foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e atualmente é assessor do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A Operação foi autorizada no âmbito do Inquérito que apura a tentativa de Golpe de Estado e a sequência de atos antidemocráticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, e que culminaram nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Fonte: © Migalhas
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