Veja como aproveitar as oportunidades da renda fixa com a redução da Selic para 10,75% ao ano no mercado financeiro.
Como se beneficiar diante da Selic mais baixa? Diante do cenário de queda nas taxas de juros, é importante buscar alternativas de investimento para obter um retorno satisfatório. Mesmo com a redução da Selic, é possível encontrar opções rentáveis e seguras no mercado financeiro. Os investidores devem ficar atentos às oportunidades disponíveis e diversificar suas aplicações para obter um bom desempenho em seus investimentos.
Uma estratégia interessante para enfrentar a queda da Selic é buscar aplicações que ofereçam um rendimento acima da taxa básica de juros. Dessa forma, é possível minimizar os impactos da redução dos juros e obter ganhos mais atrativos. Além disso, é essencial analisar o mercado e consultar especialistas para tomar decisões assertivas e garantir uma boa rentabilidade em seus investimentos.
Oportunidades da renda fixa
Na contramão, há incertezas no radar que nublam o cenário para acionistas ou investidores que pensam em entrar na bolsa.
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Com esse corte, diminuem os juros dos empréstimos e de investimentos de renda fixa. A dúvida que fica é o futuro. Na comunicação, o Copom avisou que cortará mais 0,50 ponto percentual na próxima reunião, e não nas próximas, no plural, como vinha fazendo até agora.
Os economistas acham que existe espaço para uma redução da Selic para até 8,5% ao ano, conforme as expectativas do mercado do último Boletim Focus. Acontece que o ambiente econômico ficou mais complexo desde que começou o ano. A atividade econômica está mais quente, a inflação ficou mais alta que o esperado e a previsão do mercado para o início dos cortes de juros nos Estados Unidos foi adiada.
Nesta quarta, o banco central americano deixou os juros onde estavam, entre 5,25% ao ano e 5,5% ao ano. O mercado gostou que o Federal Reserve (Fed) manteve a previsão de três reduções de juros neste ano, mas as projeções de juros para 2025 e 2026 aumentaram. O presidente, Jerome Powell, afirmou que a inflação recuou, mas que é incerto o futuro.
Um risco no radar é o banco central americano demorar mais para reduzir os juros ou o banco central brasileiro interromper mais cedo o ciclo de cortes da Selic. Nesse ambiente, o conselho para investidores pessoa física é aproveitar as oportunidades na renda fixa que restam, e não são nada desprezíveis. Já a recomendação de renda variável não é consenso.
Alguns especialistas recomendam manter cautela com as ações, o que significa esperar para aumentar a exposição em renda variável ou priorizar papéis bons pagadores de dividendos ou fundos imobiliários. As expectativas para as ações foram piorando desde que começou o ano, especialmente para as bolsas das economias emergentes como a local, que sofrem com os juros americanos altos.
Falta fluxo dos investidores estrangeiros para o Brasil. Outros especialistas aconselham continuar elevando a fatia de renda variável pensando no longo prazo, porque acham que as ações ainda estão baratas e a tendência de longo prazo é a bolsa andar com os cortes de juros.
Pedro Galdi, analista de investimentos da Mirae Asset, é do grupo mais pessimista por causa da saída dos investidores estrangeiros da bolsa brasileira e das incertezas fiscais no Brasil. ‘Não aconselho aumentar exposição em renda variável neste momento, porque tem muita incerteza na economia e deve haver muita volatilidade. É melhor manter a maior parte do portfólio em renda fixa’, afirma.
Aos que quiserem investir em ações ainda assim, ele indica uma mescla para se proteger: papéis de empresas boas pagadoras de dividendos, como as ações da Petrobras e da Vale, com uma pitada de varejo como a Magazine Luiza, com a perspectiva que os juros cairão e ela se beneficia, além de fundos imobiliários, que também pagam dividendos.
Redução da Selic
Marcelo Mello, presidente da SulAmérica Vida, Previdência e Investimentos, acha que o cenário está mais desafiador para o investidor também. ‘Tivemos uma mudança importante de dois meses para cá, com viés mais altista para a taxa de juros nos Estados Unidos e no Brasil, principalmente por causa dos dados de emprego e inflação nos dois países’, afirma.
‘Esse não é um ambiente de fluxo para renda variável, e a bolsa brasileira depende de fluxo internacional para se valorizar. Acho que as ações podem ter um ano tímido. O cenário está diferente do que se previa no início do ano’, diz.
Ele diz que o lado bom da história é que as taxas dos títulos de renda fixa prefixados e especialmente dos que acompanham a inflação ganharam uma gordurinha em um momento mais desafiador. Aqueles investidores que pensavam em aumentar a fatia de risco do portfólio podem aproveitar esses maiores prêmios, ou seja, se arriscar mais, mas sem sair da renda fixa.
No Tesouro Direto, acha-se títulos que acompanham a inflação oferecendo perto de 6% mais a inflação ao ano. Além de estarem com boas taxas, esses papéis são valiosos para proteger o investidor contra a inflação. É bom escolher um prazo de vencimento alinhado aos objetivos de vida e evitar de resgatar o valor antes, para não correr o risco de perder dinheiro.
As taxas desses papéis oscilam conforme as expectativas do mercado, e a perspectiva é que elas oscilem mais no curto prazo com o ambiente bastante incerto. Também, Mello indica fundos de crédito privado. Esses fundos estão superando com folga o CDI, após mudanças regulatórias que reduziram emissões de alguns papéis e reforçaram a procura por debêntures incentivadas.
‘Acho que o fluxo para os fundos de crédito privado seguirá muito forte’, acrescenta. Porém, o presidente da SulAmérica Vida, Previdência e Investimentos sugere que o investidor tenha cuidados.
O fundo deve alocar apenas em papéis de primeira linha e é melhor que ele não tenha liquidez diária, para dar ao gestor mais liberdade de escolher os ativos que desejar sem obrigação de pagar o investidor tão cedo. Rachel de Sá, chefe…
Fonte: @ Valor Invest Globo
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