Metal precioso atinge US$ 2.286,40/onça-troy, avançando 0,82% no pregão. Entrega prevista pelo Comex com perspectiva de corte de juros do Federal Reserve.
O ouro continua sendo um dos investimentos mais procurados por investidores em momentos de incerteza econômica. A alta demanda pelo metal precioso tem impulsionado os preços e levado o ouro a atingir valores recordes nos mercados internacionais, refletindo a busca por segurança em meio à volatilidade dos mercados financeiros.
O crescimento da procura por ouro como reserva de valor tem sido impulsionado não apenas pelo cenário econômico instável, mas também pelas tensões geopolíticas e pela busca por proteção contra a inflação. Nesse contexto, investir em ouro é visto como uma estratégia para diversificar a carteira e garantir uma maior proteção patrimonial em tempos de incerteza.
Contratos futuros impulsionam o ouro
Essa percepção cresceu após, na última sexta-feira, os dados de inflação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – a medida favorita do Federal Reserve – mostrarem desaceleração, ficando abaixo do esperado. Taxas de juros menores são benéficas para o desempenho do metal precioso, como o ouro.
Desempenho do ouro na Comex
No mercado da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de ouro com entrega prevista para junho, o mais líquido, apresentou um avanço de 0,82%, atingindo US$ 2.257,10 por onça-troy. Enquanto o contrato com vencimento em abril registrou uma alta de 0,85%, chegando a US$ 2.236,50.
Dados de inflação
O PCE teve um aumento de 0,3% em fevereiro, após ter subido 0,4% na leitura anterior – um pouco abaixo das expectativas dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam um aumento de 0,4%. Já na análise anual, o índice teve um avanço de 2,5% em fevereiro, alinhado com as previsões do mercado.
Análise do Wells Fargo
O núcleo do índice teve um acréscimo de 0,3% na relação mensal, em comparação com os 0,5% registrados em janeiro. Já na análise de 12 meses, o valor passou de 2,9% em janeiro para 2,8%, em conformidade com as expectativas. ‘A inflação continua a recuar, porém, em um ritmo mais moderado’, ressaltam os analistas do Wells Fargo, em comunicado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo