Descoberta reforça que as causas da doença podem ir além da questão de alimentação e combinação de fatores, com gatilho genético claro e mutação genética específica.
A obesidade não se restringe somente à alimentação e atividades físicas – pode estar presente em seu código genético, de acordo com uma nova pesquisa. ‘As origens da obesidade são extremamente complexas e, na maioria das vezes, são resultado da interação de diversos fatores. Neste estudo, contudo, identificamos um marcador genético evidente para a obesidade’, afirma o autor principal da pesquisa, Dr.
Além disso, é importante ressaltar que o excesso de peso e o sobrepeso também estão associados a problemas de saúde significativos. A conscientização sobre os riscos do excesso de peso e da obesidade é fundamental para promover hábitos saudáveis e prevenir complicações futuras. Manter um estilo de vida equilibrado e buscar orientação médica são passos essenciais para lidar com o desafio do sobrepeso e da obesidade de forma eficaz. vida saudável e alimentação
Estudo revela que treinar à noite pode reduzir risco de diabetes em pessoas com obesidade
Mattia Frontini, um bolsista sênior da British Heart Foundation e professor associado em biologia celular na Universidade de Exeter, no Reino Unido, destacou em um e-mail a importância de investigar a relação entre treinar à noite e o risco de diabetes em indivíduos com excesso de peso. A obesidade é uma questão de alimentação e combinação de fatores que afeta a saúde de muitas pessoas em todo o mundo.
Os pesquisadores utilizaram dados do UK Biobank, um extenso banco de dados biomédicos, para analisar a relação entre o treino noturno e o risco de diabetes. Eles descobriram que pessoas obesas que se exercitavam à noite tinham uma redução significativa no risco de desenvolver diabetes em comparação com aqueles que não praticavam exercícios nesse período.
Além disso, o estudo identificou uma mutação genética específica, o SMIM1, que está associada ao aumento de peso. Mulheres com essa mutação genética pesavam, em média, 4,6 quilos a mais, enquanto homens com a variante pesavam 2,4 quilos a mais. Essa mutação causa uma diminuição na função da tireoide e uma redução no gasto de energia, levando ao armazenamento de gordura em excesso.
O Dr. Philipp Scherer, diretor do Touchstone Diabetes Center no University of Texas Southwestern Medical Center, enfatizou a importância dessa descoberta. Ele ressaltou que a identificação de um gene específico, em vez de apenas um locus genômico, é fundamental para compreender melhor a obesidade e suas causas genéticas.
Embora a mutação genética do gene SMIM1 seja rara, afetando cerca de 1 em 5 mil pessoas, a pesquisa destaca a importância de considerar fatores genéticos na luta contra a obesidade. Frontini ressaltou a necessidade de realizar ensaios clínicos para determinar se as pessoas com essa mutação se beneficiariam do tratamento da tireoide com medicação.
A disfunção da tireoide é uma condição comum que afeta quase 2% da população no Reino Unido. Frontini enfatizou a importância de explorar opções de tratamento acessíveis e seguras para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição genética. A pesquisa destaca que a obesidade não é apenas uma questão de força de vontade, mas sim um problema complexo influenciado por diversos fatores, incluindo predisposição genética e estilo de vida.
Fonte: © CNN Brasil
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