Importante atrair atenção para o impacto negativo do projeto nos governos estaduais através de instruções formais e mobilização dos gestores.
É fundamental para o planalto contar com o apoio dos governadores em temas que impactam diretamente a gestão política. Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva reconhecem a relevância de estabelecer diálogo com os governadores para fortalecer questões como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos quinquênios, que gera debates no cenário político.
A articulação com as autoridades locais é essencial para a construção de um consenso sobre temas sensíveis, como os reajustes salariais dos servidores públicos. Os chefes de estado têm um papel crucial na condução de políticas que impactam diretamente a sociedade, e a colaboração dos governadores é fundamental para alcançar resultados positivos para a população.
A importância de atrair os governadores na discussão sobre a PEC do Quinquênio
A estratégia de destacar como o projeto também prejudica os governos estaduais foi mencionada durante uma reunião entre articuladores governistas e Lula, conforme apurado pelo Estadão/Broadcast. Mesmo sem uma instrução formal para solicitar ajuda aos gestores estaduais, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, deu indícios de que essa será a abordagem adotada. Após o encontro, Guimarães deixou claro aos jornalistas que, se a PEC avançar no Congresso, ela terá impactos negativos nos Estados e no país.
A ideia de traçar uma estratégia enfatizando o ‘efeito cascata’ que o projeto terá nas finanças dos Estados foi discutida durante a reunião. De acordo com fontes, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, acredita que a proposta deve demorar a ser votada em plenário, o que poderia permitir uma eventual mobilização dos gestores estaduais contra o projeto.
A PEC, que propõe um aumento de 5% nos vencimentos de diversas carreiras do serviço público a cada cinco anos, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Wagner estimou um impacto anual de R$ 42 bilhões, dependendo do número de categorias abrangidas pelo projeto.
Inicialmente focada apenas nas carreiras da magistratura e do Ministério Público, a PEC do Quinquênio foi ampliada para incluir outras categorias de servidores na CCJ do Senado. Diante disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá participar das discussões sobre a proposta com o Parlamento.
Durante um almoço no Palácio do Planalto, Lula, José Guimarães, Jaques Wagner, Randolfe Rodrigues e os ministros Rui Costa, Alexandre Padilha e Paulo Pimenta discutiram como alinhar o governo com as agendas do Congresso, em meio a tensões entre diferentes poderes.
Além do apoio dos governadores na discussão da PEC do Quinquênio, o Presidente Lula ressaltou a importância das autoridades locais na divulgação dos projetos do governo federal. Essa colaboração se revela essencial para garantir a viabilidade das propostas governamentais e a harmonia entre os diferentes níveis de administração pública.
Fonte: @ Exame
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