Silva Junior foi detido por PMs da Rota na alameda Dino Bueno por posse de maconha. Ele foi levado ao presídio militar Romão após investigação da tropa Geovany.
O caso envolvendo o soldado da Polícia Militar Geovany Jorge Alves da Silva Junior, 38, chamou a atenção pela gravidade dos crimes de tráfico e associação para o tráfico. A condenação do PM a 11 anos de prisão ressalta a luta contra o tráfico que as autoridades enfrentam diariamente para combater essa prática ilegal e prejudicial à sociedade.
A atuação de indivíduos envolvidos em crimes como o crime de tráfico muitas vezes está ligada a uma ampla rede de crime organizado, evidenciando a complexidade e as ramificações dessas atividades ilícitas. A condenação do soldado reforça a necessidade de intensificar os esforços no combate ao tráfico, visando desmantelar essa perigosa rede de crime organizado.
O caso de Silva Junior e a rede de crime organizado
Silva Junior foi detido em 17 de agosto de 2023 pela Polícia Militar Geovany da Rota, em uma operação em uma oficina mecânica localizada na alameda Dino Bueno, situada no centro de São Paulo. Durante a ação, foram descobertas porções de maconha dentro de um veículo que, segundo as investigações, pertenceria a ele. A oficina está estrategicamente próxima à concentração de dependentes químicos conhecida como cracolândia e ao 13° batalhão, onde o PM atuava como motorista do tenente-coronel que comandava a unidade, ressaltando a conexão do crime de tráfico com a proximidade de áreas vulneráveis.
A apuração na época afastou a hipótese de o comandante estar ciente do esquema ilícito. Meses após a divulgação do caso pela Folha de S.Paulo, houve uma alteração no comando do referido batalhão. Silva Junior ingressou na PM há oito anos e já estava sob custódia no Presídio Militar Romão Gomes, aguardando o desfecho do processo judicial.
A defesa do soldado enfatiza sua inocência, negando veementemente qualquer envolvimento com atividades ilícitas, apontando a ausência de substâncias entorpecentes em sua posse durante a prisão em flagrante. Por outro lado, a defesa do mecânico de 31 anos, também detido na operação, argumenta que não há provas suficientes para condená-lo, alegando que a droga seria de responsabilidade do policial militar, tornando evidente as disputas de versões no contexto do crime de tráfico.
Segundo a Promotoria, a quantidade significativa de drogas apreendidas sugere uma conexão com uma rede de crime organizado especializada no abastecimento de pontos de venda de drogas na cidade, reforçando a gravidade do envolvimento dos acusados. A investigação revela que o PM teria papel ativo em obter e transportar a droga até a oficina, onde era ocultada em veículos estacionados.
A denúncia do Ministério Público aponta que ambos os acusados teriam se associado com o propósito de armazenar entorpecentes, indicando uma parceria ilícita para a prática do crime de tráfico de drogas. A ação que resultou na prisão ocorreu após denúncias sobre a utilização de carros na oficina para armazenar drogas, levando a uma intervenção da inteligência da Rota, que culminou na descoberta das substâncias ilegais com auxílio de cães farejadores, além de uma balança de precisão no local, reforçando a seriedade da investigação no combate ao tráfico de drogas.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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