Prova para quem perdeu a avaliação em novembro por problemas de infraestrutura ou saúde. Inclui pessoas privadas de liberdade, valorizando o patrimônio cultural nacional no cenário cultural brasileiro.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 trouxe um tema de redação que merece reflexão: Desafios para a valorização da arte de periferia no cenário cultural brasileiro. A valorização da arte de periferia é um tema que tem ganhado espaço nos últimos anos, especialmente em meio às discussões sobre a diversidade cultural e a representatividade nas artes.
Para abordar esse tema, é fundamental considerar a importância do reconhecimento da arte de periferia como uma forma legítima de expressão cultural. Além disso, a integração dessas manifestações artísticas no cenário cultural brasileiro é essencial para promover a diversidade e a inclusão. A valorização da arte de periferia também pode contribuir para a legitimação de vozes e perspectivas que, historicamente, foram marginalizadas. A arte de periferia é um reflexo da realidade brasileira e merece ser valorizada e reconhecida. É hora de dar visibilidade às vozes que foram silenciadas por tanto tempo.
Valorização da Arte Periférica no Cenário Cultural Brasileiro
A valorização da arte produzida nas periferias do Brasil é um desafio constante, apesar da proteção constitucional garantida pelo artigo 215 da Constituição Federal Brasileira. Esse artigo assegura o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, além de apoiar e incentivar a valorização dessas manifestações. No entanto, a arte periférica enfrenta grandes obstáculos para obtenção de seu devido reconhecimento e integração no cenário cultural brasileiro.
A dificuldade para valorizar a arte periférica se manifesta, principalmente, devido à marginalização histórica dessas produções e à falta de investimento em políticas públicas que promovam sua legitimação. Medidas são necessárias para mudar esse cenário e garantir que a arte periférica seja valorizada e reconhecida como parte do patrimônio cultural nacional.
Em primeiro lugar, é importante destacar a desvalorização da arte produzida por essas comunidades dentro das dinâmicas sociais brasileiras. Esse fenômeno ocorre devido ao fato de que as produções culturais das periferias, frequentemente associadas a contextos de pobreza e exclusão social, são desvalorizadas e vistas como menos legítimas ou relevantes dentro do patrimônio cultural nacional. A estrutura social brasileira perpetua desigualdades que marginalizam as expressões das classes populares, como afirma o sociólogo Jessé Souza.
Desafios para a Valorização da Arte Periférica
A marginalização da arte periférica é perpetuada por uma estrutura social que, tradicionalmente, privilegia expressões artísticas vindas de centros urbanos e classes sociais mais altas, relegando as manifestações periféricas a um plano secundário ou alternativo. Como resultado, a arte periférica permanece fora dos circuitos culturais estabelecidos, dificultando sua valorização e reconhecimento.
A valorização da arte periférica é essencial para promover a integração e a legitimação dessas produções no cenário cultural brasileiro. É necessário investir em políticas públicas que apoiem e incentivem a valorização da arte periférica, garantindo que ela seja reconhecida como parte do patrimônio cultural nacional. Além disso, é fundamental mudar a estrutura social brasileira para que as expressões das classes populares sejam valorizadas e reconhecidas como legítimas e relevantes.
A valorização da arte periférica é um desafio que requer ações concretas e políticas públicas eficazes. É necessário trabalhar para mudar a estrutura social brasileira e garantir que a arte periférica seja valorizada e reconhecida como parte do patrimônio cultural nacional. Somente assim será possível promover a integração e a legitimação dessas produções no cenário cultural brasileiro.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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