Em março, a maioria dos diretores do Fed previa três cortes de 0,25 na taxa básica até dezembro, devido à desaceleração surpreendente.
O banco central americano (Federal Reserve, o Fed) decidiu manter, nesta quarta-feira (12), sua taxa de juros inalterada, variando entre 5,25% e 5,50% ao ano. Essa decisão reflete a preocupação em manter a estabilidade econômica e controlar os juros no país.
Com as constantes discussões sobre taxa de juros e possíveis cortes, o mercado financeiro aguarda ansiosamente por novas diretrizes do Fed. A manutenção da taxa de juros demonstra a cautela em relação aos próximos passos econômicos, impactando diretamente diversos setores da economia.
Juros: Decisão do Fed e Projeções de Cortes de Juros
A decisão do Federal Reserve em relação à taxa de juros foi tomada horas após a divulgação de uma desaceleração surpreendente da inflação nos Estados Unidos. Esse dado inesperado alimentou a esperança dos investidores de que, na próxima atualização de projeções publicada pela autoridade monetária, a maioria dos diretores considerasse ao menos dois cortes de juros ainda neste ano.
No entanto, a expectativa dos investidores foi frustrada. Na última projeção, publicada em março, a maioria dos diretores do Fed previa três cortes até dezembro, cada um com uma redução de 0,25 ponto percentual. Agora, entre os 19 diretores do Fed, 11 esperam por apenas um corte (sete membros) ou nenhum corte (quatro membros), enquanto outros oito vislumbram dois cortes. O conservadorismo parece predominar no colegiado.
A economia, embora ainda sólida, inspira cautela. O FOMC justificou sua decisão apontando que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo robusto. Os ganhos de emprego permanecem fortes e a taxa de desemprego se mantém baixa. Embora a inflação tenha diminuído no último ano, ela ainda se mantém em níveis elevados.
Os membros do comitê ressaltam que houve apenas um ‘progresso modesto’ em direção à meta de inflação de 2% ao ano do Fed nos últimos meses. O Fed reiterou seu compromisso em atingir o máximo de emprego e uma inflação de 2% no longo prazo, avaliando que os riscos para alcançar essas metas têm caminhado para um melhor equilíbrio no último ano.
As perspectivas econômicas são incertas e o comitê permanece atento aos riscos de inflação. Ao considerar possíveis ajustes, o comitê analisará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o balanço de riscos. O Comitê está fortemente comprometido em trazer a inflação de volta à meta de 2%.
Ao avaliar a orientação adequada da política monetária, o Comitê continuará a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. Estará preparado para ajustar a postura da política monetária, se necessário, diante de riscos que possam impedir o alcance das metas do Comitê. As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, bem como desenvolvimentos financeiros e internacionais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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