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De acordo com o delegado, Bruno Roberto confirmou que a família Cardoso liderada pelo treinador Bruno tentava induzir o uso de cetamina em grupo religioso.
O treinador pessoal Bruno Roberto, antigo namorado de Djidja Cardoso, foi ouvido como testemunha pela Polícia Civil do Amazonas, na tarde desta segunda-feira (3). Segundo o delegado encarregado do caso, Cícero Túlio, ele forneceu informações sobre o funcionamento da seta dirigida pela família e confessou ter feito uma tatuagem relacionada ao grupo religioso.
Em seu depoimento, Bruno Roberto revelou detalhes surpreendentes sobre a seta em questão, destacando aspectos até então desconhecidos. Além disso, ao admitir ter se envolvido com o grupo religioso, ele trouxe à tona novas perspectivas para a investigação em andamento.
Investigações sobre a Seita ‘Pai, Mãe, Vida’ e o Uso de Cetamina
Conforme investigação da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, Bruno revelou ter se distanciado de Djidja e do grupo religioso ‘Pai, Mãe, Vida’, que promovia o uso de cetamina. Essa decisão veio após ele receber um alerta de um médico sobre os perigos do uso da droga. Além disso, o treinador Bruno também encobriu uma tatuagem que fez com base nos ensinamentos da seita.
As apurações sobre a existência da seita e possíveis atividades criminosas tiveram início há 40 dias, antes do falecimento da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Durante esse período, foi descoberto que o grupo adquiria cetamina em uma clínica veterinária, sem prescrição ou controle, e a distribuía entre os colaboradores da rede de salões de beleza.
Segundo as informações obtidas, Bruno testemunhou que os líderes do grupo exerciam influência sobre os membros, tentando persuadi-los a adotar o uso da cetamina. Ele descreveu a dinâmica do grupo como uma espécie de seta para a utilização da substância, corroborando com o que já havia sido apurado no inquérito.
O delegado Túlio mencionou uma tatuagem feita pelo ex-namorado de Djidja em referência à ‘Pai, Mãe, Vida’. Segundo ele, a tatuagem foi realizada durante uma reunião na residência dos líderes do grupo, onde todos se comprometeram a fazer o mesmo desenho. Bruno posteriormente decidiu cobrir a tatuagem com outra.
Em seu depoimento à polícia, Bruno detalhou a atuação da seita liderada pela família Cardoso, destacando a tentativa de induzir outras pessoas ao uso de cetamina. Ele reiterou as informações já presentes no inquérito em andamento.
Além disso, o delegado Cícero mencionou a administração do grupo religioso pelos investigados, ressaltando a pressão exercida para a utilização da cetamina. Ele confirmou que as investigações continuam em andamento, incluindo a suposta aplicação de um medicamento pela avó de Djidja, que está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios e Sequestro.
As evidências apontam que Bruno estava na residência da ex-namorada em Manaus no dia de seu falecimento, sendo ele quem acionou a polícia para relatar o ocorrido. Após prestar depoimento por mais de uma hora na delegacia, Bruno saiu sem dar declarações à imprensa, acompanhado de seu advogado, que também optou por não se pronunciar.
Fonte: @ Hugo Gloss
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