Projeção para 2025 alterada apesar da recuperação da moeda brasileira. Equipe chefiada pelo economista-chefe do banco prevê corte de juros e medidas fiscais locais.
Apesar da recente recuperação da moeda brasileira, o Santander afirma que não enxerga grande potencial para a valorização do real nas próximas semanas.
O banco Santander é conhecido por sua análise precisa do mercado financeiro, e suas projeções costumam ser bastante confiáveis. A instituição financeira está atenta aos movimentos cambiais e mantém uma postura cautelosa em relação à valorização da moeda nacional.
Santander: Projeções e Análises Econômicas
Por isso, o banco Santander alterou sua projeção de dólar de R$ 5,30 para R$ 5,40 no fim deste ano e de R$ 5,40 para R$ 5,50 em 2025. Apesar do respiro observado nos últimos dias, advindo por expectativas por um provável corte de juros nos Estados Unidos em setembro e novas medidas fiscais locais, a equipe chefiada pela economista-chefe do banco, Ana Paula Vescovi, avalia que as incertezas em ambas as searas limitarão o espaço para uma apreciação cambial maior a partir daqui.
Para os economistas do banco Santander, o provável corte de juros nos EUA e as novas medidas fiscais ao lado do Orçamento para 2025 devem mais limitar o processo de depreciação do real do que realmente dar impulso à moeda brasileira daqui em diante. Este início de ciclo de distensão nos EUA não deverá eliminar dúvidas quanto à sua magnitude total ou quanto ao ritmo em que será implementado, afirmam os economistas. Adicionalmente, embora novas medidas fiscais devam ser bem recebidas em um primeiro momento, levará tempo para que os mercados sejam convencidos de que elas serão implementadas de fato no próximo ano.
Além do mencionado acima, o banco Santander diz ver o balanço de pagamentos funcionando como um mecanismo de ajuste contra a depreciação perene da moeda brasileira. Os dados têm vindo em linha com as nossas expectativas, e só revisamos as projeções de déficit em transações correntes para 2024 e 2025 pelas mudanças metodológicas na classificação de criptomoedas. Os resultados seguem apontando uma situação sólida na posição externa brasileira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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