No autódromo e no Maggiore, doutora Fiandri compartilha dificuldades de enviar informações sobre a tragédia de Livio Oricchio. Crítica ética em revelar detalhes de estado corporal. Cronologia fatos, imprensa global. Hospital.
É realmente trágico, mas a realidade nos jornais é que a cabeça de Senna já estava irreconhecível, um golpe duro para todos os fãs. Mesmo aguardando a confirmação oficial da morte de Senna após a declaração da doutora Fiandri sobre a ausência de atividade cerebral às 18h05, ouvir a confirmação do falecimento de um ícone nacional brasileiro às 19h05 não trouxe alívio a ninguém.
A passagem de Senna foi um momento doloroso para o Brasil, a morte de Ayrton Senna afetou a todos de maneira profunda. O legado deixado por Senna permanece vivo na história do esporte, um exemplo de determinação e talento que jamais será esquecido.
Na espera por notícias no Hospital Maggiore
Passando a notícia da morte de Senna, a imprensa do mundo inteiro se viu no Hospital Maggiore, aguardando por qualquer informação. A doutora Fiandri era a responsável por comunicar o andamento do estado de Senna, tornando-se uma figura central nesse momento de tensão.
A saga por um telefone público
No térreo do hospital, próximo à porta do pronto socorro, encontravam-se apenas quatro telefones públicos disputados pelos profissionais de imprensa sedentos por repassar a notícia. Era uma verdadeira batalha por um lugar para conseguir ligar e transmitir as últimas informações sobre a morte de Senna.
A telefonista, sobrecarregada com o alto volume de chamadas, tornava ainda mais complicado o processo de comunicação. Enquanto o mundo clamava por notícias, a dificuldade em conseguir fazer uma simples ligação era um dos desafios enfrentados naquela época.
Na luta por um canal de comunicação, cada minuto parecia uma eternidade. Os repórteres se desdobravam para encontrar uma solução e enviar as informações o mais rápido possível para a redação. A falta de tecnologia, característica da época de 1994, tornava a tarefa ainda mais árdua.
A estratégia de comunicação
Diante da escassez de meios de comunicação, era preciso ser estratégico. Alguns profissionais, como o narrador dessa história, optavam por aguardar e planejar a melhor forma de relatar os fatos, sem depender imediatamente de um telefone que não garantia sucesso nas tentativas de ligação.
A diferença de fuso horário entre Bolonha e São Paulo era utilizada a favor dos jornalistas, permitindo mais tempo para organizar as informações e realizar um trabalho jornalístico preciso e detalhado sobre a morte de Senna. Nesse momento crítico, cada decisão era crucial para transmitir a gravidade do ocorrido.
A tensão no ar era palpável, enquanto os profissionais da mídia buscavam incansavelmente uma maneira de comunicar ao mundo a perda de Ayrton Senna. A união de esforços e a determinação em superar os obstáculos eram essenciais para cumprir a missão de informar com precisão e rapidez sobre o trágico acontecimento.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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