Especialistas sugerem que os pais abordem o assunto de forma prática, evitando transformar a conversa em uma bronca, para discutir riscos graves e consequências dolorosas relacionadas à tecnologia e conteúdo sexual, afetando profundamente as relações afetivo-sexuais.
A tecnologia tem revolucionado a forma como nos relacionamos, especialmente entre os adolescentes. Nesse contexto, o despertar de uma relação sexual pode ocorrer por meio de um chat, onde o termo sexting se torna cada vez mais relevante. Isso se refere à prática de enviar e receber mensagens sexualmente explícitas pelo celular, uma prática que não é exclusiva dos adultos.
No entanto, é importante destacar que o sexting pode ter consequências graves, especialmente quando envolve imagens nuas ou conteúdo sexual explícito. As mensagens podem ser compartilhadas sem o consentimento da pessoa envolvida, o que pode levar a situações de assédio ou bullying. Além disso, o envio de imagens nuas pode ser considerado um crime em alguns países, especialmente quando envolve menores de idade. É fundamental que os adolescentes sejam conscientes dos riscos associados ao sexting e tomem medidas para proteger sua privacidade e segurança online.
O Impacto do Sexting na Vida dos Adolescentes
Segundo um estudo da revista científica JAMA Pedriatics, um a cada três adolescentes entre 12 e 17 anos já recebeu uma mensagem com conteúdo sexual explícito no celular. Essa prática, conhecida como sexting, pode trazer riscos graves e consequências dolorosas se não for abordada de forma adequada. A tecnologia transforma profundamente as relações e a forma como os jovens se comunicam, e é importante que os pais estejam cientes disso.
Corrin Cross, porta-voz da Associação Estadunidense de Pediatria, afirma que a prática do sexting pode ter consequências graves se o conteúdo cair nas mãos de pessoas erradas. ‘Como pais, é nosso trabalho ajudar nossos filhos a evitar erros que podem causar problemas sérios’, diz a psicóloga clínica Karol Espejo em um artigo do Child Mind Institute. O sexting é uma dessas coisas que, quando feito de forma leviana, pode trazer consequências muito dolorosas.
Conversando com os Filhos sobre Sexting
Para os pais, no entanto, conversar com os filhos sobre uma prática que eles não têm muito conhecimento, e que tem a ver com sexualidade, nem sempre é fácil. Confira quatro dicas de especialistas para abordar o assunto.
1. Converse antecipadamente com seu filho. Para Cross, um dos erros que os pais cometem é esperar muito tempo para ter esse tipo de conversa. O sexting pode acontecer por volta dos 12 anos, quando as crianças começam a ter interesses afetivo-sexuais pelos outros. ‘É nessa época que eles podem realmente nos ouvir’, diz Cross.
2. Coloque-se no lugar do seu filho. É importante entender que os jovens estão expostos a uma grande quantidade de informações e estímulos, e que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a comunicação. No entanto, é importante lembrar que a tecnologia também pode ser uma fonte de riscos e consequências graves.
3. Seja honesto e aberto. É importante ser honesto e aberto com os filhos sobre o sexting e suas consequências. É importante explicar que o sexting pode ser uma forma de comunicação, mas que também pode ter consequências graves se não for feito de forma responsável.
4. Monitore o uso da tecnologia. É importante monitorar o uso da tecnologia pelos filhos e garantir que eles estejam usando a tecnologia de forma responsável. Isso pode incluir a instalação de software de monitoramento e a definição de limites claros para o uso da tecnologia.
Prevenindo os Riscos do Sexting
A prevenção é a melhor forma de evitar os riscos do sexting. É importante educar os filhos sobre os riscos do sexting e ensinar-lhes a usar a tecnologia de forma responsável. Além disso, é importante estar ciente dos sinais de alerta de que o filho pode estar envolvido em atividades de sexting. Se você suspeita que seu filho está envolvido em atividades de sexting, é importante agir rapidamente e buscar ajuda profissional.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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