Country manager da Shein promete atingir 85% de produção local em dois anos. Marketplace já conta com 15 mil sellers brasileiros e faturou R$ 10 bilhões. Líder de moda nacional.
A presença da Shein no mercado brasileiro tem se destacado cada vez mais, com grande parte de seus produtos sendo produzidos localmente. Segundo Felipe Feistler, country manager da varejista chinesa, a produção local representa atualmente 55% do total de vendas da empresa por aqui.
Com um plano ambicioso de aumentar a produção local para 85% em dois anos, a Shein está investindo cada vez mais no mercado brasileiro. A varejista chinesa está apostando no crescimento sustentável e na proximidade com o consumidor, reforçando seu compromisso com a qualidade e a inovação.
A expansão da presença da Shein no mercado brasileiro
Já contamos com 15 mil vendedores brasileiros no marketplace e 300 fábricas’, revelou Feistler, country manager da Shein no Brasil. A varejista chinesa fechou um acordo com a Coteminas, empresa de Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, para que 2 mil clientes confeccionistas da Coteminas passassem a fornecer para a Shein, atendendo assim o mercado brasileiro e latino-americano.
Em análise do BTG Pactual, divulgada recentemente, foi estimado que a Shein faturou R$ 10 bilhões em 2023, mostrando um crescimento de mais de 40% em relação ao ano anterior, quando a receita foi de R$ 7 bilhões. Com esse resultado, a varejista chinesa se aproximou da Renner, líder de moda brasileira, que faturou R$ 11,7 bilhões em 2023.
A estratégia da Shein para o mercado brasileiro
De acordo com Feistler, a Shein iniciou com uma estratégia cross border, mas teve que se adaptar ao mercado brasileiro. O Brasil foi o primeiro país a adotar um marketplace que inclui produção local. Essa prática tem sido seguida em outros países onde a Shein atua.
‘Começamos com vendedores do Brás’, destacou Feistler. O objetivo nos próximos dois anos é expandir o número de vendedores de diferentes regiões do Brasil no marketplace. A Shein pretende incluir vendedores de todas as regiões do país para fortalecer sua presença no mercado local.
Desafios enfrentados pela Shein no Brasil
A Shein tem enfrentado resistência de varejistas locais, que alegam concorrência desleal. No entanto, a empresa afirma estar em conformidade com as leis brasileiras. Durante o South Summit Brazil, Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, mencionou a competição com varejistas chinesas, sem citar nomes específicos.
A Shein planeja abrir seu capital em 2024 nos Estados Unidos, em uma operação que pode avaliar a varejista em mais de US$ 90 bilhões, consolidando sua posição como líder global de moda.
Fonte: @ NEO FEED
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