Lessa disse que o silenciador usado para matar estava entre as peças de armas no apartamento do Pechincha, Rio, onde mantinha dinheiro vivo.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Durante sua delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou que o silenciador colocado na submetralhadora usada no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) provavelmente foi descartado no mar. Segundo Lessa, esse era o único acessório específico utilizado na ação criminosa, visando silenciar o som dos disparos.
Ele também mencionou que o supressor de ruídos foi essencial para evitar chamar a atenção durante o ato violento. A presença desse supressor contribuiu para a discrição dos disparos, tornando o crime ainda mais difícil de ser detectado pelas autoridades.
Descobertas sobre o Silenciador e as Peças de Armas
Lessa revelou que o silenciador, além de possivelmente estar entre as peças de armas que ele mantinha em seu apartamento no Pechincha, zona oeste do Rio de Janeiro, era um item sempre presente em meio a essas peças. Ele compartilhou com os investigadores a probabilidade de tal situação ter ocorrido, destacando a importância do silenciador em seu arsenal.
Acordo de Colaboração e Revelações
Em seu acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, Lessa admitiu sua responsabilidade pelos disparos contra a vereadora e seu motorista. Ele apontou Domingos Brazão e Chiquinho Brazão como os supostos mandantes do crime, apesar de suas negações. O silenciador, mencionado como parte das evidências, ganhou destaque nas investigações.
Operação Submersus e Descarte de Armas
Uma das operações investigadas, a Submersus, revelou a ação de um grupo para recolher e descartar armas do apartamento de Lessa. A suspeita de que a arma usada no crime poderia estar entre os objetos descartados levantou questionamentos. Os envolvidos no descarte, incluindo Lessa, sua esposa e amigos, foram condenados, destacando a presença do silenciador entre as peças descartadas.
Retirada de Dinheiro e Supressor de Ruídos
Lessa afirmou que solicitou a retirada de dinheiro vivo de seu apartamento, mencionando a presença de um supressor de ruídos entre suas peças de manutenção. Ele explicou que a orientação era descartar o restante, mas ressaltou que o objetivo não era se desfazer das armas. A interpretação do grupo sobre sua solicitação gerou controvérsias, evidenciando a complexidade da situação.
Prevenção e Descarte de Armas Irregulares
Antecipando sua prisão, Lessa afirmou ter se desfeito das armas irregulares que possuía, incluindo o supressor adquirido de outro ex-PM. Ele enfatizou a necessidade de se livrar dessas armas para evitar complicações legais. A presença do silenciador em meio a essas ações ressalta sua importância no contexto das investigações.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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