Missão lunar Chang’e-6 coleta solo lunar na Bacia do Polo Sul-Aitken em missão robótica histórica.
O módulo lunar Chang’e-6 da China pousou com sucesso no lado oposto da Lua na madrugada deste domingo (2), em um passo significativo para a ambiciosa missão que poderia promover as aspirações do país de colocar astronautas na Lua. A sonda Chang’e-6 aterrou na Bacia do Polo Sul-Aitken, onde começará a recolher amostras da superfície lunar, anunciou a Administração Espacial Nacional da China.
Sendo o esforço lunar robótico mais complexo da China até à data, a missão não tripulada visa devolver à Terra amostras do outro lado da Lua pela primeira vez. O pouso marca a segunda vez que uma missão alcança com sucesso o outro lado da lua. A exploração espacial está repleta de desafios e descobertas emocionantes.
Missão lunar Chang’e-6: Explorando o lado oculto da Lua
A exploração espacial é uma jornada contínua de descobertas e conquistas, e a China tem desempenhado um papel significativo nesse cenário. Em 2019, a sonda Chang’e-4 realizou um feito histórico ao pousar no lado oculto da Lua, abrindo caminho para novas missões lunares. Agora, a Missão lunar Chang’e-6 está em andamento, com o objetivo de coletar amostras valiosas da superfície lunar.
A China demonstrou seu compromisso com a exploração espacial ao lançar a missão em 3 de maio de 2024. A Chang’e-6 pousou com sucesso em uma cratera de impacto na Bacia do Polo Sul-Aitken, uma região rica em história lunar. Com um diâmetro de cerca de 2.500 quilômetros, essa bacia é um local estratégico para a coleta de dados e amostras.
A coleta histórica de amostras de solo lunar é uma parte fundamental da missão. Com a capacidade de recolher até 2 quilogramas de poeira lunar e rochas, a Chang’e-6 busca desvendar os mistérios da Lua e do sistema solar. Essas amostras podem fornecer insights importantes sobre a origem e evolução da Lua, da Terra e do espaço sideral.
Para garantir o sucesso da missão, a Chang’e-6 utiliza um módulo de pouso equipado com uma broca e um braço mecânico. Após passar dois dias no lado oculto da Lua, o módulo tem 14 horas para coletar amostras do solo lunar. Essa operação delicada requer precisão e expertise para garantir a segurança e integridade das amostras.
A complexidade da missão lunar é acentuada pelo desafio de comunicação com o lado oculto da Lua. Para superar essa limitação, a Chang’e-6 conta com um satélite em órbita lunar, lançado especificamente para esse fim. Essa infraestrutura adicional é essencial para manter a conexão entre a sonda e a equipe de controle na Terra.
À medida que a Missão lunar Chang’e-6 avança, a China reafirma seu compromisso com a exploração espacial e a busca por conhecimento. Com planos ambiciosos de pousar astronautas na Lua até 2030 e estabelecer uma base de pesquisa no polo sul, o país está moldando o futuro da exploração lunar. Cada passo dado rumo ao desconhecido traz novas descobertas e desafios, impulsionando a humanidade em direção às estrelas.
Fonte: © CNN Brasil
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