A Tesla decepcionou investidores com poucos detalhes de seu robotáxi, fazendo suas ações derraparem e impulsionando os papéis de Uber e Lyft no mercado de capitais.
A Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, está trabalhando duro para se destacar no mercado de veículos autônomos. No entanto, seus robotáxis autônomos ainda enfrentam desafios significativos. Nesta sexta-feira, 11 de outubro, um dia depois de apresentar dois protótipos ao mercado, as ações da empresa desabaram e fecharam o pregão em queda de 8,78%, cotadas a US$ 217,80.
A Tesla é uma das empresas líderes no desenvolvimento de veículos autônomos, mas ainda precisa provar sua capacidade de lançar um serviço de transporte de passageiros seguro e eficiente. As questões de segurança e a expectativa criada em torno dos veículos autônomos são altas, e a empresa precisa demonstrar que pode atender a essas expectativas. Além disso, a Tesla precisa superar a concorrência de outras empresas, como as rivais que estão trabalhando em tecnologias semelhantes. A empresa também precisa melhorar sua capacidade de direção autônoma para oferecer viagens 100% autônomas e seguras. Com um histórico que comprova sua inovação e determinação, a Tesla está bem posicionada para superar esses desafios e se estabelecer como líder no mercado de veículos autônomos. O valor de mercado da empresa é um reflexo de sua avaliação como uma das principais empresas de tecnologia do mundo. Agora, resta saber se a Tesla conseguirá lançar um serviço de transporte de passageiros autônomo que atenda às expectativas do público e do mercado.
Ambição da Tesla
A Tesla, empresa liderada pelo bilionário Elon Musk, é avaliada em US$ 695,7 bilhões. Seu desenvolvimento e entrega de tecnologia de direção autônoma, porém, involuntariamente impulsionaram outras duas potenciais empresas rivais nesse espaço. Na contramão da Tesla, a Uber e a Lyft registraram ganhos substanciais. As ações da Lyft tiveram alta de 9,59%, dando à empresa um valor de mercado de US$ 5,5 bilhões. Já os papéis da Uber foram ainda mais longe, ao registrarem um salto de 10,81%, cotados a US$ 86,34, a máxima histórica da companhia, que fechou as negociações avaliada em US$ 181,3 bilhões.
Desafios da Tesla
O caminho para esses sinais invertidos no mercado de capitais teve como ponto de partida o fato de Musk, em uma apresentação de menos de 30 minutos, não ter trazido mais detalhes sobre os planos da Tesla na categoria. O bilionário também não deu detalhes a respeito do modelo de negócio a ser adotado para os robotáxis. Em particular, sobre eventuais planos de lançar um serviço que poderia competir justamente com a oferta de aplicativos como Uber e Lyft. ‘Nós consideramos que o evento trouxe o melhor resultado possível para a Uber’, escreveu, em relatório, John Colantuoni, analista da Jefferies, segundo informações publicadas pela agência Bloomberg. Colantuoni chamou o robotáxi da Tesla de ‘desdentado’, ao ressaltar que a empresa não forneceu informações e evidências de progresso em direção aos recursos de direção autônoma, nem quantificou quantos veículos planeja produzir.
Futuro da Tesla
Entre as poucas informações fornecidas que colocaram em xeque a capacidade da Tesla de sair na dianteira do segmento, Musk disse que a produção pode ter início em 2026 e que os modelos podem custar menos de US$ 30 mil. O bilionário alertou, porém, que tende a ser ‘excessivamente otimista’. Musk tem, de fato, um histórico que comprova esse traço da sua personalidade. Ele já havia dito que as viagens 100% autônomas de Los Angeles a Nova York estariam disponíveis até o fim de 2017. Já em 2019, ele previu que a companhia teria mais de 1 milhão de robotáxis ‘nas ruas’ a partir de 2020. Ao que tudo indica, além dessas questões, a expectativa criada em torno do projeto só reforçou a decepção.
Fonte: @ NEO FEED
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