Os títulos prefixados públicos seguem o ritmo dos juros futuros após IPCA de julho acima das estimativas, refletindo aperto monetário.
Aqueles quase 13% pagos pelos títulos já são história (não tão distante). O mesmo vale para os quase 7% oferecidos por atrelados à inflação. Nesta quarta-feira (14), os juros oferecidos pelo Tesouro Direto recuam. O movimento segue o ritmo dos juros futuros hoje, mesmo após a divulgação do IPCA do mês de agosto acima das estimativas de consenso.
Para quem busca investimentos financeiros mais seguros, os títulos do governo são uma opção interessante. Com o Tesouro Direto, é possível encontrar opções em renda fixa que se adequam ao perfil de cada investidor. Diversificar os investimentos é fundamental para garantir uma carteira mais equilibrada e rentável a longo prazo.
Tesouro Direto: Investimentos Financeiros em Títulos do Governo
Com a recente surpresa de alta da inflação, os agentes do mercado estão cada vez mais apostando que o Banco Central irá retomar o aperto monetário nos próximos meses. O aumento da inflação geralmente indica um cenário de aumento dos juros no futuro, o que impacta diretamente nas taxas dos títulos públicos.
A queda nas taxas, por outro lado, tem sido mais influenciada pela redução dos títulos americanos, em um dia sem grandes novidades nos Estados Unidos. Economistas estão indicando possíveis cortes de juros por lá em setembro, o que também afeta o mercado de investimentos em renda fixa.
Com a expectativa de que os títulos da maior economia do mundo estejam pagando menos, os títulos públicos brasileiros enfrentam menos pressão para atrair novos investidores. É importante lembrar que as taxas e os preços dos títulos têm uma relação inversamente proporcional.
Isso significa que, tanto nos títulos prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa de juros, menor será o preço do título e vice-versa. Quando as taxas sobem, embora seja positivo para quem está investindo, já que garante uma rentabilidade maior se o investimento for mantido até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, resultando em uma perda temporária para os detentores dos títulos.
Por volta das 12h20, o Tesouro Direto oferecia o título IPCA 2029 com uma taxa de 6,07%, sendo o mais rentável no momento. Já o título com vencimento em 2055 oferecia uma taxa de 5,99%. No geral, os analistas recomendam cautela ao alongar muito o prazo de investimento, principalmente quando títulos mais curtos oferecem taxas próximas ou até superiores aos mais longos.
No caso dos títulos atrelados à inflação, esses ainda são considerados uma boa opção para proteger a carteira contra a alta dos preços, sendo bastante populares entre os analistas e investidores nos últimos meses. Entre os títulos prefixados, no mesmo horário, o título com vencimento em 2031 oferecia uma taxa de 11,80%. Todos os títulos dessa modalidade estavam abaixo dos 12% vistos nas semanas anteriores.
Mesmo com a queda das taxas, esses títulos continuam sendo recomendados por oferecerem retornos próximos ao projetado para a Selic no período. No entanto, é importante ter cautela em relação ao prazo e ao volume de investimento nesses casos. A diversificação e o acompanhamento do mercado são essenciais para tomar decisões financeiras sólidas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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