Mercado segue preocupado com a dinâmica das contas públicas no Brasil, influenciado pela taxa de juros e risco fiscal.
O mercado de títulos do Tesouro enfrenta mais um dia de negociações suspensas nesta sexta-feira (20), o que significa que todos os dias da semana tiveram algum tipo de interrupção. A Secretaria do Tesouro Nacional adota essa medida como uma forma de proteger os investidores quando as taxas apresentam grande volatilidade. Essa é uma medida necessária para garantir a estabilidade do mercado.
A suspensão das negociações é uma resposta à alta volatilidade das taxas, que chegaram a máximas históricas por vários dias consecutivos. Os investidores devem estar atentos às mudanças no mercado. O Tesouro Direto, que é uma plataforma de investimento em títulos públicos, é um exemplo de como o Tesouro Nacional busca oferecer opções de investimento seguras e rentáveis. Além disso, o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+ também são opções populares entre os investidores que buscam diversificar seus portfólios.
O Tesouro Nacional em Alta
O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 atingiu um patamar histórico de 8,25% antes das suspensões, enquanto o Tesouro prefixado com vencimento em 2027 pagava 16,21%. No entanto, por volta das 11h, apenas o Tesouro Selic estava disponível para compras. O ambiente de escalada da percepção de risco fiscal tem levado a uma aceleração das taxas nos últimos dias, em um momento em que o mercado segue apreensivo à votação do pacote de corte de gastos no Congresso.
O mercado de títulos públicos reagiu à sinalização do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que o pacote fiscal deve ser votado ainda hoje. No entanto, as taxas em alta são uma boa notícia para novos investidores, pois significam que o retorno oferecido pelo empréstimo ao governo está maior e o lucro lá na frente pode ser muito satisfatório, na visão dos analistas. O Tesouro Nacional é uma opção atraente para quem busca rentabilidade maior.
O Risco Fiscal e o Tesouro Direto
O mercado segue preocupado com a dinâmica das contas públicas, com a piora na perspectiva de risco fiscal. As taxas em alta são uma boa notícia para novos investidores, mas também é importante ter cautela quanto ao prazo escolhido em qualquer uma das modalidades. Para investidores que já têm papéis negociados antes da disparada, pode ser uma má notícia se eles estiverem pensando em resgatar o investimento antecipadamente.
A recomendação de sempre é fazer o máximo esforço para levar o título até o vencimento. As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
O Tesouro Selic é uma opção que pode ser afetada pela taxa de juros e pela taxa de volatilidade. É importante ter em mente que o risco fiscal pode afetar o valor dos títulos e que a escolha do prazo é fundamental para minimizar os riscos. O Tesouro Nacional é uma opção que pode ser considerada para quem busca rentabilidade maior, mas é importante ter cautela e fazer o máximo esforço para levar o título até o vencimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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