Técnico elogia atuação do time, lamenta eliminação na Libertadores, destacando que aproveitou metade das oportunidades, com volume ofensivo grande em um contexto muito amplo, mas enfrentou dificuldades no calendário.
O Flamengo não conseguiu superar o empate em 0 a 0 com o Peñarol no estádio Campeón del Siglo, na noite de quinta-feira, e foi eliminado nas quartas de final da Conmebol Libertadores. Tite foi questionado sobre sua declaração anterior de que a equipe rubro-negra marcaria gols no Uruguai. Ele respondeu de forma direta, sem se esquivar da responsabilidade.
Tite, o comandante da seleção brasileira, foi pressionado a explicar o que aconteceu com o Flamengo. Ele admitiu que havia projetado um resultado diferente, mas não fez promessas. “Eu projetei. Senão é promessa, eu acerto…”, disse ele, mostrando sua confiança no trabalho realizado. O treinador também destacou a importância de aprender com os erros e seguir em frente. “Agora é hora de refletir e melhorar”, concluiu.
Reflexões de Tite após a eliminação do Flamengo
Eu não sou um profeta, não faço promessas. Eu projetei, eu planejei, eu estabeleci metas, mas não fiz promessas. A responsabilidade é minha, sim, e eu a assumo. Eu disse que iríamos criar e fazer, e foi isso que aconteceu, mas não foi uma promessa. Apenas um objetivo que não foi alcançado.
Eu imaginava que com a metade das oportunidades, o Flamengo poderia ter feito melhor, mas não foi o caso. Criamos um volume grande de chances, mas a efetividade não foi suficiente. Houve alguns detalhes importantes, como a boa performance do goleiro e a precisão em alguns momentos, mas não foi o suficiente.
Análise do técnico Tite
Quando se trata de um técnico qualificado, como eu, não conseguir fazer um elenco qualificado jogar melhor, há vários pontos a considerar. No entanto, a perda de Pedro foi um golpe duro. Ele era o artilheiro do Brasil em 2024 e sua lesão foi um grande obstáculo para a equipe.
Temos que olhar o contexto de forma mais ampla. Nós conseguimos nos classificar para a Libertadores de forma direta, fomos campeões cariocas e disputamos as três competições. Mas tivemos uma série de jogadores convocados para a Seleção, o Brasileiro foi um desafio e o calendário foi muito difícil.
A maior dificuldade foi a perda de Pedro, que era o jogador de área, de infiltração, com características únicas. A estrutura ofensiva se perdeu um pouco, e tentamos adaptar com o BH, o retorno do Gabi e Carlinhos, mas não foi o suficiente.
Avaliação do trabalho na Libertadores
Não tenho condição de fazer uma análise detalhada agora, é um contexto muito grande. Mas o que eu posso dizer é que faltou precisão nos momentos de definição, para transformar um maior número de oportunidades em gol. Isso é o que eu tenho em relação a esses dois jogos.
Em uma análise mais ampla, a gente perdeu quase 60 gols no ano, em uma equipe que estava estruturada para jogar em volta do 9, do Pedro, um jogador de infiltração, de área, de bola aérea, de quando as equipes se postam lá atrás.
Entrada de Gabigol
Qualquer que seja a observação, não coloca o Gabi é porque não colocou o Gabi. Coloca o Gabi, é porque colocou o Gabi. Depois que terminou o jogo é que se pode analisar. Como comandante, eu tenho que tomar decisões, e essa foi uma delas.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo