Torcida principal exige explicações do presidente da Gaviões em audiência pública sobre recentes notícias envolvendo uso de um laranja.
A diretoria da Torcidinha do Timão, principal torcida organizada do Corinthians, esteve no Parque São Jorge, nesta quarta-feira, para discutir com o presidente Augusto Melo sobre o patrocínio da empresa VaiQueDá, que está considerando rescindir o acordo com o clube. Os membros do grupo, liderados por Joãozinho Silva, vice-presidente da Torcidinha, também desejam abordar com Augusto Melo o evento público que propõe alterações no estatuto social do clube.
As notícias recentes envolvendo o Corinthians e a casa de apostas geraram preocupação para a empresa, que enviou uma notificação por e-mail ao clube, na última segunda-feira, solicitando esclarecimentos após a revelação do uso de um ‘testa de ferro’ para intermediar o acordo entre as partes. Em meio a essa situação delicada, a VaiQueDá não descarta a possibilidade de rescindir o contrato estabelecido no início do ano, com vigência até 2026, devido às incertezas em relação ao apoio financeiro acordado.
Patrocínio em destaque: questionamentos sobre acordo financeiro com a VaideBet
O vínculo estabelecido entre o Corinthians e a empresa de apostas VaideBet levanta questionamentos significativos por parte dos conselheiros do clube. O acordo prevê o pagamento de uma multa de 10% do valor total restante em caso de rescisão sem justa causa, o que tem gerado inquietação entre os membros do Conselho Deliberativo do time do Parque São Jorge.
Recentemente, um grupo composto por 84 conselheiros apresentou um requerimento ao presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, solicitando uma reunião extraordinária. O objetivo é que Augusto Melo e seus colegas forneçam documentos e esclarecimentos não apenas sobre o contrato com a VaideBet, mas também sobre outras parcerias firmadas pelo clube em 2024.
No requerimento, obtido com exclusividade pela Gazeta Esportiva, os conselheiros mencionam que o presidente do Corinthians, Augusto Melo, teria negado veementemente a existência de uma empresa intermediadora durante uma reunião no CORI, na presença de importantes figuras como Andrés Sanchez, André Luiz de Oliveira, Ademir Carvalho Benedito, Antônio Rachid, Mathias Antonio Romano e Jorge Kalil.
A reportagem da Gazeta Esportiva revelou que o Corinthians concordou em pagar R$ 25,2 milhões a um intermediário, cujo sócio-administrador é Alex Cassundé. Este último foi incluído no grupo de campanha de Augusto Melo durante as eleições do clube, por recomendação de Sérgio Moura, atual superintendente de marketing do Corinthians.
Além disso, os conselheiros levantaram dúvidas sobre outros aspectos do contrato com a VaideBet, como a falta de avaliação do acordo pelo sistema de compliance do clube e a empresa intermediadora, a Rede Social Media Design LTDA, que não estava devidamente regularizada para prestar tais serviços, conforme apontado pela Gazeta Esportiva.
Uma matéria de Juca Kfouri mencionou que a Rede Social Media Design LTDA repassou parte do valor recebido como comissão a uma empresa ‘laranja’ chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Esta empresa fictícia, registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, residente em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo, parece não ter conhecimento de sua existência.
Diante dessas revelações, o Corinthians emitiu uma nota oficial afirmando que todas as negociações, incluindo patrocínios, foram conduzidas de maneira legal com empresas devidamente constituídas. O clube ressaltou que não se responsabiliza por repasses de valores a terceiros e se comprometeu a investigar quaisquer indícios de irregularidades junto ao Conselho Deliberativo.
Fonte: @ ESPN
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