Deputado da Flórida, forte aliado do presidente eleito, é considerado traidor pelo Partido Republicano. Apresentou projeto para limitar sentenças de investigados no ataque de 6 de janeiro de 2021 no Congresso.
O deputado republicano Matt Gaetz, apontado por Trump para o cargo de procurador-geral dos EUA, anunciou nesta quinta-feira (21) que desistiu da nomeação. A decisão de Gaetz ocorreu após acusações de participação em um esquema de tráfico sexual, o que poderia comprometer sua confirmação no Senado dos EUA.
A nomeação de Gaetz ainda teria de ser aprovada pelo Senado dos EUA, um processo que poderia ser complicado devido às acusações contra ele. Trump, que havia apoiado a candidatura de Gaetz, agora precisa encontrar um novo nome para o cargo. Além disso, a decisão de Gaetz pode ter impacto nas eleições futuras, especialmente se o presidente eleito decidir apoiar outro candidato para o cargo. A confiança do povo é fundamental para qualquer candidato que queira ocupar o cargo de procurador-geral dos EUA.
Trump e a escolha do procurador-geral
O político Matt Gaetz, conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020 e membro da ala extremista do Partido Republicano, foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. No entanto, ele está atualmente sob investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos, o que ele nega.
Gaetz havia sido considerado para o cargo de procurador-geral na administração de Trump, mas ele retirou seu nome da disputa. Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que ‘está claro que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance’. Ele também afirmou que ‘não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington’.
O círculo íntimo de Trump considera o cargo de procurador-geral como o mais importante da nova administração, depois da própria presidência. A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.
A escolha de Trump para o cargo de procurador-geral
Trump havia elogiado Gaetz em um comunicado, dizendo que ele ‘irá acabar com o uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas’. No entanto, Gaetz é considerado polêmico e traidor dentro do Partido Republicano, pois ele conseguiu derrubar o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, em 2023.
Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça ‘obstrucionista’, incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr. Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020. Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar, e Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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