Prioridades incluem garantir direitos de crianças e adolescentes, com compromissos do Estatuto da Criança e do Adolescente e oportunidades para candidatos e candidatas.
O Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) divulgou hoje uma carta aberta aos candidatos às eleições municipais de 2024. O apelo central é para que todos se comprometam a assegurar os direitos de crianças e adolescentes, seguindo as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É fundamental que a eleição priorize a proteção e o bem-estar da juventude, garantindo um futuro mais promissor para as próximas gerações.
Além disso, o Unicef ressalta a importância do sufrágio consciente e responsável, lembrando que a participação ativa da sociedade é essencial para construir uma sociedade mais justa e igualitária. O pleito de 2024 representa uma oportunidade única para promover mudanças significativas em prol das crianças e adolescentes, e é fundamental que os candidatos estejam comprometidos com essa causa. A votação é a ferramenta democrática que nos permite escolher representantes que realmente se preocupam com o futuro das próximas gerações.
Eleição: Oportunidade para Compromissos em Favor das Crianças e Adolescentes
Pelo contrário: ter um olhar especial para a infância e a adolescência é uma oportunidade para que candidatas, candidatos e partidos proponham ações com potencial real de transformação, garantindo direitos não só das meninas e meninos de hoje, mas de toda a população e das gerações futuras, destaca um dos trechos da carta aberta.
O Unicef enfatiza a importância do sufrágio em suas prioridades, que incluem proteção contra as violências; resiliência climática; saúde e nutrição; educação; e proteção social. A instituição orienta como a campanha dos candidatos pode se posicionar sobre esses temas, pedindo que assumam compromissos e, se eleitos, garantam que eles serão concretizados a partir de investimentos e políticas públicas.
A instituição traz mais detalhes sobre cada um deles. Sobre o primeiro, informa que mais de 15 mil crianças e adolescentes de até 19 anos morreram de forma violenta no país entre 2021 e 2023. O fundo pede que os candidatos a cargos municipais invistam em ações concretas e multissetoriais para prevenir, identificar, encaminhar e acompanhar casos de violência, em suas diferentes manifestações.
No que diz respeito à resiliência climática dos municípios, o Unicef lembra que ondas de calor, enchentes, secas e inundações representam riscos para 40 milhões de crianças e adolescentes, principalmente no que diz respeito à saúde e ao desenvolvimento. Nesse sentido, medidas de antecipação das mudanças e parcerias com comunidades são caminhos indicados.
No tópico educação, são destacados a evasão escolar e os índices de alfabetização. Em 2023, 44% das crianças brasileiras não estavam alfabetizadas na faixa etária esperada. São pedidos investimentos e ações para garantir o acesso universal à escola e promover um ensino de qualidade, em especial na educação infantil e no ensino fundamental.
Em relação à saúde, há recomendação para que o foco seja garantir a universalidade da imunização e o combate à má nutrição desde a primeira infância. Em 2023, mais de mais de 100 mil crianças no Brasil não haviam recebido nenhuma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP).
Sobre proteção social, pede-se foco em ações voltadas para os mais vulneráveis no desenho das políticas municipais. A privação de um ou mais direitos afeta 60,3% das crianças no país e as coloca na chamada pobreza multidimensional.
Fonte: @ Agencia Brasil
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