De acordo com a polícia, a namorada ofereceu cerveja ao homem no circuito interior, o casal entrou no elevador às 17h.
Uma jovem é acusada de assassinar o namorado com veneno e permanecer dias ao lado do corpo da vítima dentro do apartamento onde ele residia no Engenho Novo, região Norte do Rio de Janeiro. O cadáver do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi descoberto em avançado estado de decomposição. O odor forte despertou a curiosidade dos vizinhos, que logo chamaram por ajuda.
A suspeita de ter cometido o crime e convivido com o corpo do namorado, agora falecido, chocou a comunidade local. A jovem, que era vista como a companheira de Luiz Marcelo, está sob custódia da polícia para investigação. A trágica história de amor e morte deixou todos perplexos naquela pacata vizinhança.
Detalhes do caso envolvendo a namorada e o envenenamento
As imagens do circuito interno do prédio revelam os momentos finais em que o homem aparece com vida ao lado de sua companheira, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, no elevador. Ele segura um prato enquanto a parceira oferece uma cerveja. Logo em seguida, trocam beijos apaixonados.
Minutos depois, o casal retorna ao elevador, mas desta vez a situação é outra. O homem, identificado como Ormond, aparenta não estar bem. Ele se apoia no espelho, fecha os olhos e começa a tossir incessantemente. O momento foi registrado às 17h do dia 17 de maio, e infelizmente, o empresário foi encontrado sem vida três dias depois.
Júlia, a namorada, é apontada como a principal suspeita do crime, acusada de planejar o envenenamento do homem que amava. A polícia alega que ela conviveu com o corpo durante o final de semana com a intenção de roubar a vítima. No dia seguinte à morte, Júlia é vista sozinha no elevador, dirigindo-se à garagem para mexer no carro do namorado.
No decorrer das investigações, descobre-se que a suspeita foi à academia do prédio, fez visitas ao elevador com celulares e carregava malas e bolsas. Ela aguardou a chegada do cartão da conta conjunta que tinha com Ormond antes de partir. O laudo indica que a morte ocorreu entre três e seis dias antes da descoberta do corpo, sem determinar a causa exata.
A perícia encontrou vestígios de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima, sugerindo que o envenenamento ocorreu por meio de um brigadeirão. Júlia foi vista comprando medicamentos controlados dias antes do incidente, e o analgésico foi encontrado no local do crime. Ela alega que Ormond serviu o café da manhã, porém, a necropsia contradiz essa versão.
O delegado responsável pelo caso descreve a situação como ‘aberrante’, destacando a frieza da suspeita ao permanecer no apartamento com o cadáver. Além disso, há indícios de envolvimento de outra pessoa, Suyane Breschak, que se apresenta como cigana e possivelmente teve participação no crime.
Fonte: @ Hugo Gloss
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