Ex-jogador, ex-embaixador do COB, sofreu assalto em Paris, passou seis horas na delegacia e diz ter custeado novo hotel, afirmando: “Ficamos em lugar perigoso”, uma responsabilidade muito grande do Comitê Olímpico.
Cinco meses após o incidente em Paris, na véspera da cerimônia de abertura das Olimpíadas, o ex-jogador Zico expressou sua insatisfação com a postura do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em relação ao caso.
Segundo Zico, o COB não agiu de forma adequada após o assalto, o que gerou uma sensação de abandono e desamparo. A falta de apoio foi um golpe duro. Além disso, Zico também criticou a forma como o COB lidou com a situação, afirmando que a entidade não ofereceu o suporte necessário para que ele pudesse se recuperar do trauma. A segurança dos atletas é fundamental nos Jogos Olímpicos. A Olimpíada é um evento que exige preparo e dedicação, e a falta de segurança pode afetar negativamente a performance dos atletas.
Olimpíadas: Zico fala sobre a falta de segurança e o roubo durante a estadia em Paris
Em uma entrevista ao programa Redação Sportv, o lendário jogador Zico expressou sua insatisfação com a falta de segurança e o tratamento recebido durante sua estadia em Paris, onde foi homenageado como Embaixador do Time Brasil nas Olimpíadas. Ele afirmou que não recebeu nenhuma ligação de dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre o assunto e que teve que custear um novo hotel após o assalto.
‘Fiquei muito agradecido pelo convite, mas às vezes você está preparado para uma coisa e acontece outra. Fiquei muito chateado porque até hoje ninguém do COB, nem o presidente, pessoal de lá, veio falar comigo. Não deram uma ligação para saber e tal, isso é chato. Responsabilidade muito grande que eles tiveram’, disse Zico.
Ele também criticou o hotel em que os homenageados ficaram, afirmando que era um local perigoso e que sentiu falta de segurança. ‘Houve um erro do local que foi colocado os embaixadores e padrinhos. Local que, ao meu ver, não tinha nada a ver. Era um lugar perigoso, senti falta de segurança. Não tinha nenhuma segurança’, disse.
Zico também narrou o assalto que sofreu, onde a mala da esposa foi roubada. ‘O carro que levou a gente era alugado, não tinha passagem (credencial) para outros lugares. Pessoas inexperientes, eram garotos, jovens, dirigindo. Então eu tive que trocar de hotel, porque ali não tinha segurança. No momento que fui trocar de hotel, coloquei as malas no carro, alguma pessoa veio na frente e começou a falar com o motorista, e o motorista não entendia nada de francês. Eu entendia alguma coisa, ele estava dizendo que o carro estava mal estacionado. E não estava, ele estava tirando nossa atenção. Aí, com as malas no carro, outro cara veio atrás, abriu, levantou e tirou a mala de mão da Sandra. Foi questão de dois minutos’, disse.
O caso ainda não foi encerrado, e Zico lamentou o roubo da mala da esposa, que carregava pertences de grande valor afetivo. ‘As coisas dela estavam ali, eram coisas valiosas, valiosas de sentimental, de presentes que eu tinha dado em datas importantes. E isso acaba contigo, estragou a experiência dos Jogos Olímpicos. Fiquei seis horas nas delegacias, fui em duas delegacias, veio um advogado do COB para dar uma força. Estão ainda vendo, parece que prenderam os dois caras, e a gente está na luta’, disse.
Olimpíadas: Zico e o COB
O ge entrou em contato com o COB, mas ainda não recebeu um retorno sobre o caso. Zico foi anunciado como Embaixador do Time Brasil em fevereiro, com a ideia de ter um ídolo do esporte brasileiro que nunca tinha disputado os Jogos Olímpicos. Ele participou do Pré-Olímpico dos Jogos de Munique em 1972, mas não foi convocado.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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